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Imam Al-Tayeb: "Picchiare le donne ma senza rompere le ossa", L'amico di Papa Francesco: "Si può bacchettare la donna disubbidiente"

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view post Posted on 11/6/2019, 19:05
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L'amico di Papa Francesco: "Si può bacchettare la donna disubbidiente"

Bergoglio

www.ansa.it/sito/notizie/mondo/2019...2e6af460d9.html

Polemica in Egitto per parole dell'Imam
Sheikh di Al Azhar si era detto favorevole 'a bacchettate'

Redazione ANSA
ROMA
10 giugno 2019
18:10

(ANSA) - ROMA, 10 GIU - L'uomo, che il Corano riconosce come guida e protettore della donna, è autorizzato a picchiare la moglie che si sia mostrata disobbediente? Un dibattito infuocato si è scatenato in Egitto, dopo che il grande Sheikh dell'università di Al Azhar del Cairo, l'Imam Ahmad al Tayeb, ha dato una risposta positiva al quesito in una trasmissione televisiva durante il mese di Ramadan. Ma per fare poi marcia indietro di fronte alle reazioni negative.
Il quotidiano saudita Arab News riferisce che nel suo primo intervento il religioso aveva parlato della possibilità di colpire la moglie in modo simbolico, senza provocarle dolore o infliggerle un'umiliazione. Alcuni giorni dopo, tuttavia, ha voluto tornare sull'argomento con una dichiarazione diffusa da Al Azhar, in cui afferma: "Non siamo contrari ad aprire un dibattito sul tema tra scienziati (cioè esperti della legge islamica). Spero di vivere abbastanza per vedere leggi nel mondo arabo e islamico che criminalizzano il fatto di picchiare (le donne)".


www.dn.pt/mundo/interior/ima-aprov...e-10996328.html
Imã aprova bater na mulher "sem lhe partir um osso". E depois arrepende-se
As declarações do imã da mesquita da universidade de Al-Azhar no Cairo, a mais prestigiada instituição do islão sunita, geraram polémica. Num comunicado, Ahmed el Tayeb aceitou abrir o debate sobre a violência de género.

"O remédio que o Alcorão oferece é bater de modo simbólico com o propósito de reformar mas sem causar danos ou dor", defendeu Ahmed al Tayeb num discurso num programa televisivo transmitido no Egito durante o Ramadão. O imã da mesquita da universidade de Al-Azhar, a mais prestigiada instituição do islão sunita, explicou ainda que a ação de bater na mulher tem "normas e limites". "Não deve partir-lhe um osso, nem provocar danos num órgão ou membro do seu corpo, nem tocar-lhe com a mão na cara, nem provocar-lhe feridas, nem causar danos psicológicos", prosseguiu. Palavras que lhe valeram duras críticas, num país onde a violência doméstica continua a ser um tabu que se vive dentro de portas, e já o levaram a recuar.

Segundo Ahmed el Tayeb, há mulheres que são "obedientes e que guardam, quando não as estamos a ver, aquilo que Alá manda guardar. Mas aquelas cuja rebeldia teima, é preciso castigá-las". Para tal, o imã recomenda que o homem use o Swak, uma pequena vara de madeira que na Antiguidade era usada para limpar os dentes.

As palavras do imã, transformadas numa fatwa, um decreto religioso, geraram debate e críticas violentas à mesquita, já no centro da polémica devido ao currículo escolar seguido na ampla rede de escolas que gere. Um dos mais críticos foi o deputado Mohamed Abu Hamed, que lembrou que mesmo que o imã recue, as suas palavras estão gravadas em vídeo.

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Também o investigador Islam Bahiri, que estuda o Alcorão, denunciou o discurso de El Tayeb e explicou, num estudo intitulado "O Islão Não Conhece o espancamento das Mulheres", que o Alcorão em momento algum defende que o homem pode bater na mulher.

Mas também houve quem saísse em defesa de El Tayeb. Foi o caso de Ahmed Al-Sawy, diretor do jornal oficial da universidade de Al-Azhar, que recordou como o imã "por várias vezes defendeu os direitos das mulheres e apelou a uma relação normal entre homens e mulheres". Também Saadiya Younis, investigadora na Al-Azhar, explicou que o bater a que o imã se refere é "preventivo e não intimidatório". "O objetivo é manter a guarda do homem e tornar a mulher consciente do mal que fez", acrescentou o académico.

Apesar deste apoio, a Al-Azhar acabou por recuar. Num comunicado, a instituição garante que "os maus tratos às mulheres se converteram numa das causas de danos psicológicos que se reflete negativamente na família". E acrescenta: "O intelectual da Meca, Ibn Atta, conta-se entre os que rejeitam bater na esposa e consideraram que isso não contraria o que diz o Alcorão".

Abrir o diálogo
No texto, o imã aceita "abrir o diálogo entre os académicos" sobre a violência de género. E acrescenta: "Espero poder viver para ver legislação no mundo árabe e muçulmano que criminalize os maus tratos".

Na conservadora sociedade egípcia, a violência machista é um tabu. De tal forma que nem existem estatísticas sobre os casos de denunciados ou registos do número de mortes que esta violência provoca. A violência doméstica é apontada como uma das grandes razões para o aumento dos divórcios. Com cem milhões de habitantes, o Egito regista um divórcio a cada dois minutos e meio.

Esta não é a primeira polémica em que a Al-Azhar se vê envolvida. Em março, El Tayeb lançou o debate ao considerar a poligamia como uma "injustiça" para as mulheres. Aplaudido pelas organizações de defesa das mulheres, veio mais tarde esclarecer que as suas palavra não significavam a proibição da poligamia, aceite pelo islão, apenas que "é preciso preocuparmo-nos com as questões relativas à mulher".

Em janeiro, a universidade expulsara uma aluna por ter abraçado o noivo. O abraço foi registado em vídeo, com a jovem a reagir ao pedido de casamento do namorado. Foi El Tayeb quem apelou ao Conselho de Disciplina para que reconsiderasse a decisão e voltasse a admitir a estudante.

À frente da Al Azhar desde 2010, El Tayeb até é visto como um moderado, tendo-se destacado pelas críticas ao grupo terrorista sunita Estado Islâmico. Apesar de defender que deixar o islão deve ser punido com a pena de morte, afirmou não ter problemas com quem decida converter-se do sunismo para o xiismo.
 
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