Laici Libertari Anticlericali Forum

Prosciolti preti italiani indagati per pedofilia in Mozambico, Padre Ilario Verri e padre Luciano Cominotti dirigono orfanotrofio e scuola dov'è nascosto anche padre Piazza

« Older   Newer »
  Share  
view post Posted on 8/5/2014, 22:15
Avatar

Group:
Administrator
Posts:
21,949

Status:


www.publico.pt/mundo/noticia/mocamb...ortugal-1626570

Moçambique: Padres investigados por suspeitas de abusos dirigem orfanato e escola que teve apoio de Portugal
ANA DIAS CORDEIRO 02/03/2014 - 08:38
Uma escola do Centro Polivalente Leão Dehon beneficiou de apoios de Portugal através da colocação de professores. Um deles fez uma denúncia por suspeitas de abusos sexuais de menores contra dois padres italianos nessa cidade moçambicana: o director desse centro e o responsável de um orfanato. O caso está a ser investigado por procuradores em Itália e Moçambique, numa altura em que a ONU exige que padres suspeitos de abusos a menores sejam afastados.


NELSON GARRIDO

"MNE apagou o assunto”
“Não hesitaremos em tomar medidas”
Naquele dia, um dos rapazes vinha aflito. Como quem precisa de se redimir e, ao mesmo tempo, pede socorro. Precisava de falar - ele e os outros miúdos, todos menores, que diziam que o padre tinha construído dentro do orfanato, onde viviam, uma prisão para os castigar, uma prisão com grades, como nos filmes.

Muitas vezes sentiam-se observados, também por se sentirem diferentes: ele e, como ele, os alunos mais novos na escola dirigida pelo padre Ilario Verri que viviam no orfanato do padre italiano Luciano Cominotti em Gurúè, Moçambique. Moviam-se como sombras sempre vigiadas, que quase ou nunca sorriem. Tinham isso em comum. Isso e a cumplicidade de um terrível segredo.

Este seria, contudo, um novo e diferente dia, capaz de dissipar as nebulosas suspeitas que se avolumavam todas as semanas aos olhos do professor, João Gomes de Oliveira. O médico veterinário português fora colocado pela cooperação portuguesa, como professor numa das duas escolas do Centro Polivalente Leão Dehon em Janeiro de 2010 nesta pequena cidade moçambicana da Zambézia, para onde foi seleccionado entre os vários estagiários enviados esse ano no quadro do programa Inov Mundus, financiado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Foi lá que ouviu a denúncia de abusos sexuais de menores contra os dois padres. E com ela, apresentou uma queixa relacionada com as investigações judiciais que decorrem actualmente – uma em Itália e a outra na procuradoria de Gurúè em Moçambique.

As dezenas de avisos que enviou a organizações internacionais de defesa dos direitos humanos e das crianças, aos seus responsáveis directos no então Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), à Cônsul-Geral de Portugal em Moçambique, Graça Gonçalves Pereira, à embaixada de Moçambique em Portugal e, já depois de três anos, ao ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas, e a que o PÚBLICO teve agora acesso, esbarraram com o silêncio. Da Procuradoria-Geral da República, para onde foi encaminhada uma denúncia que fez na Polícia Judiciária, responderam-lhe que, sendo este um assunto para a polícia e a justiça de Moçambique, nada podiam fazer.

Para ele, quanto mais depressa este caso for denunciado, “melhor”. A história destes miúdos – uns órfãos, outros não – é como um fardo que carrega desde então. “O que acontece às vítimas destes abusos quando crescem é uma pergunta que nunca ninguém me soube responder.”

Depois de ouvir “o relato assustador” de um dos seus alunos (ver entrevista nestas páginas), João Oliveira foi violentamente agredido. Comprovam-no fotografias tiradas na unidade hospitalar onde ficou, antes de sair para sempre de Gurúè. Foi apedrejado na cabeça, quando seguia de moto sem capacete. Não saberá dizer quem o fez. Mas acredita que quem foi sabia que o professor português estava prestes a denunciar os padres Ilario e Cominotti à polícia de Gurúè por abusos sexuais de rapazes.

Dever legal e dever moral
Já em Portugal, esteve internado para uma longa recuperação após a agressão. No dia em que finalmente saiu do hospital, foi à polícia. A queixa foi aceite e encaminhada para o Ministério Público onde foi arquivada por “incompetência territorial”, em Fevereiro de 2011. “A queixa podia ter sido encaminhada de imediato para Moçambique”, diz João Oliveira, que fala em “dever moral” de alertar as autoridades do país.

Do ponto de vista legal, sendo as vítimas moçambicanas e os agentes (do suposto crime cometido em Moçambique) italianos, Portugal não tinha competência para tratar o caso, segundo os juristas ouvidos pelo PÚBLICO.

A denúncia seguiu para a Procuradoria-Geral de Moçambique, sim, mas só dois anos mais tarde, em Julho de 2013, “ao abrigo da Convenção de Auxílio Judiciário em Matéria Penal entre os Estados Membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa” – confirmou o PÚBLICO junto da PGR portuguesa, que fala em “processo autónomo”, não esclarece se este está relacionado com a mesma denúncia de João Oliveira arquivada no início de 2011, e não explica por que houve, nesse caso, uma demora de dois anos em fazê-la seguir para Moçambique.

A iniciativa surgiu já depois de a PGR portuguesa ter conhecimento da abertura de uma investigação em Itália, também relacionada com uma denúncia de João Oliveira que foi pelos seus próprios meios a Itália.

“Entrei numa esquadra da polícia e contei o que se passava”, recorda. A denúncia contra os dois italianos – o padre Luciano Cominotti, do orfanato, e o padre Ilario Verri, ainda hoje director da escola – o Centro Polivalente Leão Dehon – deu entrada em Abril de 2012.

Dois percursos, um destino
Ilario Verri é um padre dehoniano, em Moçambique, há muitos anos. Viveu junto à fronteira com o Malawi, nos anos de guerra civil. Depois foi para Maputo de onde partiu para Gurúè com o objectivo de reconstruir o complexo da escola e do centro que já existia desde 1969, e era dirigido pelos religiosos dehonianos presentes em Moçambique desde 1968.

Em 1975, com a independência, o complexo foi nacionalizado, e em 1994 devolvido à província moçambicana da Congregação Dehoniana, uma congregação religiosa da Igreja Católica fundada pelo padre Leão Dehon em 1878 e hoje presente em dezenas de países, incluindo Portugal.

O complexo foi reconstruído e melhorado e passou a chamar-se Centro Polivalente Leão Dehon (em homenagem ao fundador). Engloba a Escola Básica Industrial (uma escola profissional, correspondente à escola secundária, até ao 9.º ano) e o Instituto Médio Agro-Pecuário (que corresponde ao nível do liceu). João Oliveira foi colocado nesta, mas também dava aulas de informática aos alunos mais novos da escola profissional.

Luciano Cominotti é diocesano e terá ido para Gurúè por escolha pessoal depois de ser ordenado padre em Milão ou já em Gurúè (as informações diferem entre o que diz o padre português Luciano e o padre Ornelas em Roma, chefe da Congregação (ver entrevista nestas páginas)).

“Era militar em Itália, decidiu-se pelo sacerdócio, fez o pedido ao bispo de Milão. Ele queria ir para as missões”, contou ao PÚBLICO o padre português Luciano, com responsabilidades na Congregação dos Dehonianos em Portugal e que fez parte de um dos grupos que iniciaram o programa de voluntariado no Centro Polivalente em Gurúè. “À partida, quando se é ordenado padre, fica-se na diocese onde se nasceu. Para ir para outra tem de haver uma razão”, acrescenta.

Luciano Cominotti escolheu Gurúè, onde terá chegado no início da década de 2000. Em 2004, “a sua obra já existia”, diz o padre português sobre o orfanato que foi sendo aumentado, à medida que o padre Cominotti foi adquirindo os terrenos em volta graças a apoios e donativos de “benfeitores italianos”.

Duas imagens do orfanato, disponíveis na Internet, mostram, ao longe, este sumptuoso casarão, que se eleva, por entre as copas das árvores, como um estranho castelo junto a uma pequena cidade onde são visíveis os sinais de abandono, as casas modestas e as estradas de terra batida. Uma dessas imagens vem acompanhada de um enigmático texto, não assinado, e que descreve esta casa como um “orfanato masculino para crianças”, já depois de referir: “Desculpem pela distância da imagem, mas lá no fundo conseguem ver um edifício deslumbrante. Fica no Gurúè, com vista para o lago e possui instalações que no mundo civilizado seriam consideradas de excelentes. Nada ali falta. É mantido por patrocinadores, que visitam as instalações de vez em quando.”

Um padre “dedicado”
Quem conhece o orfanato é o padre Adérito Barbosa, que lá esteve dentro, por ser “amigo do padre Luciano Cominotti”, diz ao PÚBLICO antes de ser confrontado com a denúncia contra o padre italiano e as investigações que correm em Moçambique e em Itália.

“É um padre dedicado, com responsabilidades na diocese, e com a sua obra, como esta casa de apoio às crianças”, continua o padre Adérito Barbosa, coordenador nacional da Família Dehoniana em Portugal e presidente da Associação dos Leigos Voluntários Dehonianos, criada em 1999, vinculada à Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) e responsável pelo envio de professores voluntários para o Centro Polivalente Leão Dehon e outras “obras” dehonianas em Moçambique e noutros países.

É este padre que descreve o orfanato – ou antes “um centro de apoio de crianças necessitadas” – como “um castelo”. “Está fechado, não entra ninguém”, continua. “Está fechado porque é privado. Estão lá os moços dentro. Ele [Luciano Cominotti] põe os miúdos a trabalhar. Uns guardam, outros trabalham. Já lá fui dentro várias vezes – a última das quais há quatro ou cinco anos”, diz – antes de confirmar que o casarão tem guardas armados e que alguns na cidade falam do “terror” que o lugar inspira.


A última vez que esteve em Gurúè foi no ano passado, mas o padre Luciano Cominotti não estava lá. Ele e o padre Ilario vão algumas vezes a Itália pedir dinheiro para a “obra” que um e outro dirigem. A obra do padre Cominotti “é para ajudar as crianças”. O orfanato terá “umas 50 crianças”, acrescenta.

O PÚBLICO tentou várias vezes contactar Cominotti na Diocese, mas não obteve resposta, e o padre Ilario Verri para o Centro Polivalente Leão Dehon, mas o director encontra-se em Itália, há já alguns meses “por motivos pessoais”.

“Os dois padres são indissociáveis”, diz João Oliveira, que acredita que Luciano Cominotti teve, no passado, ligações à Congregação dos Dehonianos, e que existe uma tentativa de os dissociar, para diluir responsabilidades.

“Algures durante este processo o padre Luciano e o orfanato deixaram de ser dos Dehonianos. Esse é um assunto a esclarecer. Eles sabem o que se passa e obviamente haverá dentro da ordem quem se oponha e tenha provocado essa separação conveniente, aparente e exterior”, considera.

O orfanato está mais exposto às suspeitas de abusos de crianças do que a escola, que também não escapa a “frequentes rumores”, como contou ao PÚBLICO outro português que viveu em Gurúè, e recebe visitantes nas suas casas destinadas a voluntários num antigo seminário transformado em pensão, e que é descrita no site da escola (com fotografias dos quartos e da escola) como “uma belíssima mansão não longe do centro”.

Os padres dehonianos contactados em Lisboa e Roma pelo PÚBLICO desmentem a ligação, insistindo que Luciano Cominotti sempre foi diocesano e desempenha cargos de responsabilidade na Diocese de Gurúè – na página da Diocese na Internet aparece como administrador. Dizem nunca ter ouvido falar da denúncia do português João Oliveira ou de uma qualquer outra denúncia relativa ao padre Ilario.

“Estou a ouvir isso pela primeira vez”, garante o padre Adérito Barbosa. “Tenho as melhores referências dele e do trabalho dele”, afirma o padre português Luciano, também contactado. E sobre esse antigo seminário, hoje “uma hospedaria” pertencente ao Centro Polivalente, diz que “foi requalificado, aumentado e melhorado para receber turistas e visitantes, e pessoas ligadas a empresas e ao Governo”.

Para João Oliveira, a ligação entre os dois padres é relevante para mostrar que uma escola que beneficiou do apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, através ca colocação de professores como ele, serviu de “fachada” para algo que envolve as duas instituições – orfanato e o Centro Polivalente Leão Dehon. E que apesar das suas denúncias – e das investigações abertas em Itália e Moçambique – os mesmos padres, alvo das suspeitas, continuam como responsáveis das duas instituições.

João Oliveira defende que se “justifica em pleno a necessidade do envolvimento das Nações Unidas neste crime global” e acolhe com entusiasmo a decisão do Comité da ONU para os Direitos das Crianças – no início de Fevereiro – de exigir à Santa Sé “a retirada de funções” de padres pedófilos ou suspeitos de o serem e que os entreguem às autoridades judiciais para serem investigados (num pronunciamento que não é vinculativo).

Exigências da ONU
Num documento sem precedentes divulgado há um mês, e que o Vaticano criticou por “deturpar os factos”, os peritos deste comité da ONU notaram que 400 sacerdotes foram expulsos da Igreja Católica em 2011 e 2012, por denúncias de pedofilia, durante o pontificado de Bento XVI. Mas numa análise aprofundada de um vasto dossier de queixas recebidas, nos últimos anos, contra padres da Igreja Católica em vários países, concluíram que os abusos foram “sistemáticos” e que a verdade só será conhecida quando as vítimas foram ouvidas.

João Oliveira revê-se plenamente nessas conclusões e diz que é urgente que as vítimas sejam protegidas para poderem ser ouvidas. Só quando isso acontecer, haverá provas, reforça.

“Depois da agressão que eu sofri, as vítimas nunca falarão com os padres por perto. Foi uma mensagem violenta e eficaz que silencia muitas testemunhas”, escreveu numa das muitas cartas que enviou desde então para desbloquear a situação.
O médico veterinário, colocado como professor em Moçambique, acredita que este país está a “converter-se num exemplo internacional da passividade da Igreja Católica perante o crime da pedofilia". Quando foi agredido, o seu estatuto de funcionário em serviço para a cooperação portuguesa previa que um alerta fosse accionado (para a Embaixada de Portugal em Moçambique) pelos padres, por serem eles os responsáveis da escola onde fora colocado como estagiário do Inov Mundus, com um seguro de saúde que lhe daria direito a um repatriamento de urgência.

Os padres não accionaram o alerta e a Embaixada portuguesa só foi avisada dias depois pela Embaixada da Dinamarca, que soube da situação, através de uma funcionária estrangeira a trabalhar em Gurúè. Os amigos de João Oliveira – de várias nacionalidades – revezaram-se para que nunca ficasse sozinho numa sala daquilo que em Gurúè, antiga Vila Junqueiro, mais se assemelha a um hospital.

“O repatriamento de emergência está bem claro no seguro oferecido no contrato. Assim que fiquei melhor, alertei o IPAD, exigi que me levassem até Maputo, fui para a Embaixada de Portugal, depois Joanesburgo, e por fim Lisboa”, conta João Oliveira.

Poucas ou nenhumas respostas
Já em Portugal, quase não recebeu respostas às cartas que enviou e a que o PÚBLICO teve agora acesso, incluindo ao então ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas a quem escreveu em Abril de 2013 a acusar a cooperação portuguesa de permanecer “criminalmente silenciosa e passiva neste assunto” e alertando para o facto de “o MNE poder estar a patrocinar a pedofilia em Moçambique”.

Dois anos antes, escrevera “várias vezes” à então Cônsul-Geral de Portugal em Moçambique, Graça Gonçalves Pereira, “a pedir ajuda para estas crianças” e informações sobre instituições locais para uma possível “intervenção”. Ao PÚBLICO, Graça Gonçalves Pereira disse receber “centenas de queixas de portugueses” quando assumiu funções de Cônsul-Geral em Maputo, até 2012, e não se lembrar dessa correspondência em particular.

E ainda quando estava em Gurúè, várias vezes alertou os responsáveis do IPAD (entretanto extinto e fundido com o Instituto Camões). “Diziam que lamentavam muito o que tinha acontecido. Não demorou muito tempo até eu perceber que não iam fazer nada”, diz João Oliveira.

“Foi um assunto que a nossa direcção teve conhecimento”, disse ao PÚBLICO Fernanda Catarino, uma das responsáveis do Inov Mundus, e que frequentemente tinha contacto com o professor. Foi com ela e com a sua superior que João Oliveira desde muito cedo partilhou as suas suspeitas.

A esse nível, nada podia ser feito, diz Fernanda Catarino, agora funcionária no Camões. “O assunto foi submetido à consideração superior, até à direcção.” Era então presidente do IPAD Augusto Manuel Correia, que não respondeu às perguntas enviadas pelo PÚBLICO.

Ao PÚBLICO, também o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (que absorveu o extinto IPD em 2012) não esclareceu quantos professores portugueses colocou no Centro Polivalente Leão Dehon, e entre que datas, se deu outro tipo de apoio e quais os critérios escolhidos para seleccionar o Centro Polivalente e a sua escola para figurarem na lista das entidades a beneficiar deste apoio da cooperação portuguesa.

Já depois de sair de Gurúè, João Oliveira alertou também organizações de direitos humanos. A Human Rights Watch remeteu para a Amnistia Internacional, que remeteu para a Unicef, que não respondeu.

A carta que, em Abril de 2013, o cooperante português escreveu à procuradora-adjunta do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de novo a insistir para que o caso não ficasse esquecido, terminava assim: “Tenho que lhe pedir desculpa pela minha obstinação, mas eu conheço alguns destes miúdos. Têm nome e pouco mais que isso. Não têm nem pai ou mãe ou quem queira saber deles. (…). A senhora procuradora pode arquivar estas vidas: eu não.”


www.publico.pt/mundo/noticia/entrev...assunto-1626571

NTREVISTA
Entrevista com João Oliveira: “Os responsáveis do MNE optaram por apagar o assunto”
ANA DIAS CORDEIRO 02/03/2014 - 09:09
1





TÓPICOS
Itália
Moçambique
Ministério Público
Ministério dos Negócios Estrangeiros
Igreja Católica
Pedofilia
Direitos humanos
João Paulo Gomes de Oliveira, 38 anos, é médico veterinário e trabalha em cooperação internacional e desenvolvimento desde 2001. Passou por organizações nacionais e internacionais de vários países.

Quando, em 2010, foi colocado como professor pelo Centro Polivalente Leão Dehon, em Gurúè, Moçambique, no quadro de um programa do então Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), financiado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, denunciou abusos sexuais de alunos seus envolvendo os padres responsáveis pelo centro e por um orfanato ali perto.

O que o levou a fazer a denúncia?
Sobretudo a gravidade da situação. À medida que me fui integrando na escola e à medida que os alunos perceberam que eu não estava relacionado com os padres [o director da escola e o responsável de um orfanato em Gurúè], comecei a ter suspeitas, a notar factos e comportamentos estranhos como os guardas armados à porta do orfanato. Quando fui procurado por um aluno angustiado e desesperado que queria fugir, mas não tinha como nem para onde, confrontei-o e recebi um relato assustador sobre o que se estava a passar.

Os dois padres – Ilario Verri e Luciano Cominotti – estão a ser investigados em Itália apenas com base na sua denúncia?
Não sei dizer. Mas é notório que a minha denúncia foi levada a sério e é suficientemente substantiva e fundamentada para ter sido encaminhada da judiciária para a procuradoria [em Itália] e merecer já vários meses de investigação. Fui chamado pelo Ministério Público italiano para depor sobre estes padres, o que aconteceu no passado mês de Setembro.

Quais as provas que apresentou?
As provas foram entregues às autoridades competentes e estão a ser alvo de investigação. Não será um processo fácil atendendo à natureza do crime, às limitações das instituições em Moçambique e, no caso da procuradoria italiana, à barreira da língua. Este caso sublinha a responsabilidade criminal da Igreja Católica e a importância de ser a justiça secular a resolver estes casos, simplesmente porque todos sabemos que a justiça, a polícia, a liberdade de imprensa apenas funcionam numa parte restrita do mundo. E é exactamente na outra parte que se encontra a maioria das crianças desprotegidas. É muito importante que a Igreja Católica assuma a sua responsabilidade e tome medidas para a protecção efectiva das crianças.

Reportou a situação aos seus superiores no IPAD. O que esperava que fizessem?
O crime reportado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) [de que dependia o IPAD] é um crime que viola as convenções internacionais de direitos humanos assinados pelo Estado português. Espera-se do Estado português que não negligencie a segurança das vidas humanas, principalmente quando estamos a falar de crianças desfavorecidas em países irmãos. Se existem indícios suficientes para que a justiça de dois países estrangeiros investigue, é incompreensível a negligência dos responsáveis do MNE perante os mesmos factos, que simplesmente optaram por apagar o assunto.

Os dois países – Itália e Moçambique – têm competência judicial. Portugal não tinha, por não serem nem as vítimas nem o suposto agente do crime portugueses.
Seja como for, sendo o ensino a grande aposta da cooperação portuguesa nos PALOP, este procedimento levanta sérias questões sobre qual o procedimento do MNE quando situações semelhantes chegam ao seu conhecimento. A escola onde trabalhei não tinha sido sequer visitada antes por nenhum dos meus superiores. Não o foi antes, durante, nem depois. Quem garante que em outras instituições, que beneficiam da cooperação portuguesa, não se verificam crimes desta natureza?


COMENTÁRIOS
Os comentários a este artigo estão fechados. Saiba porquê.

Aprendiz de feiticeiro
02/03/2014 14:35
Sendo o MNE um antro de intrigas e de maçons, liderados por uma inutilidade e vassalo de Estados e interesses terceiros, como se viu no escândalo das declarações sobre a investigação de "altas personalidades" angolanas em Portugal, que é o actual ministro das negociatas estrangeiras, estavam à espera de quê? Parabéns a esta Pessoa que denunciou estes criminosos. Pode ser que o MP italiano em cooperação com as autoridades moçambicanas deslindem este caso e protejam as crianças, que do Estado Português nada há a esperar, infelizmente...


----------------------------------------

Traduzione in italiano con google
Mozambico: Padri indagati per sospetto abuso orfanotrofio e scuola diretta che ha avuto il sostegno del Portogallo
ANA DIAS LAMB 2014/03/02 - 08:38
di una scuola Centro Polivalente Dehon ha ricevuto il sostegno dal Portogallo attraverso il collocamento di insegnanti. Un fatto una denuncia di sospetto abuso sessuale dei minori contro due sacerdoti italiani di quella città del Mozambico: il direttore di questo centro e il capo di un orfanotrofio. Il caso è indagato dai magistrati in Italia e Mozambico, in un momento in cui le Nazioni Unite richiede che sospetto abuso di minori sacerdoti vengono rimossi. NELSON BRASH 12 PIÙ "MNE cancellato it" "Non esitate ad agire" quel giorno, uno dei ragazzi erano stati afflitti Come chi ha bisogno di riscattarsi e, allo stesso tempo, chiede aiuto avevo bisogno di parlare - .. lui e gli altri ragazzi, tutti minorenni, che ha detto che il sacerdote aveva costruito dentro l'orfanotrofio, dove vivevano, una prigione . punirli, una prigione con sbarre, come i film , spesso si sentiva osservato anche da sentono diversi: lui e, come lui, gli allievi più giovani della scuola gestito da prete Ilario Verri che vivevano nell'orfanotrofio del sacerdote italiano Luciano Cominotti in Gurue, Mozambico. Si muovevano come ombre sempre sorvegliati, o quasi mai sorriso. ha questo in comune. complicità che e un terribile segreto. Ciò sarebbe tuttavia una nuova e diversa giornata, in grado di dissipare la nebbia sospetti che gonfiavano ogni settimana gli occhi del maestro, João Gomes de Oliveira. Il veterinario portoghese messo fuori dalla cooperazione portoghese, come insegnante nelle due scuole Dehon Centro Polivalente nel gennaio 2010 in questa piccola città in Mozambico Zambezia, dove è stato selezionato tra vari tirocinanti inviati quest'anno come parte del programma Inov Mundus finanziato dal Ministero degli Affari Esteri. fu lì che ha sentito la denuncia di abuso sessuale dei minori contro due sacerdoti. E ha fatto una denuncia relativa all'indagine giudiziaria in corso -. One in Italia e un altro avvocato a Gurue in Mozambico avvertimenti s 'che hanno inviato decine di organizzazioni internazionali e dei diritti umani dei bambini, la loro diretta responsabilità poi l'Istituto portoghese per il sostegno allo sviluppo (IPAD), il Console Generale del Portogallo in Mozambico, Graça Gonçalves Pereira, l'Ambasciata del Mozambico in Portogallo, e ora, dopo tre anni, l'ex ministro degli Esteri Paulo Portas, e PUBBLICO che ora ha avuto accesso, corse in silenzio. L'Ufficio del Procuratore Generale, a cui è stata sottoposta una denuncia che ha fatto la polizia criminale, è stato detto che, essendo questa una materia per la polizia e la giustizia del Mozambico, non poteva fare nulla. Secondo lui, la prima fattispecie è terminato , "migliore". La storia di questi ragazzi - alcuni orfani, non alcuni - è un fardello che porta da allora. "Cosa succede alle vittime di questi abusi quando crescono è una domanda che nessuno ha mai saputo di rispondere." Dopo aver ascoltato "storia spaventosa" di uno dei suoi studenti (vedi l'intervista in queste pagine), John Oliveira è stato violentemente aggredito. Questo si vede nelle fotografie scattate in ospedale, dove rimase prima di lasciare per sempre Gurue. È stato lapidato in testa, quando ha seguito la sua moto senza casco. Non so chi ha fatto dire. Ma chi crede che i portoghesi sapevano era professore stava per denunciare Ilario e Cominotti sacerdoti alla polizia Gurué per abuso sessuale dei ragazzi. obbligo di legge e il dovere morale già in Portogallo, è stato ricoverato per un lungo recupero dopo l'aggressione. Il giorno in cui finalmente lasciato l'ospedale, è andato alla polizia. La denuncia è stata accettata e trasmessa al Pubblico Ministero che è stata presentata da "competenza territoriale" nel febbraio 2011. "La denuncia potrebbe essere stato mandato via per il Mozambico", afferma João Oliveira, che ha parlato su "dovere morale" per mettere in guardia le autorità del paese. Dal punto di vista giuridico, con le vittime e gli agenti del Mozambico (il presunto crimine commesso in Mozambico) l'Italia, il Portogallo non era competente a trattare il caso, secondo gli esperti giuridici consultati da PUBBLICO. Terminazione andato alla Procura Generale del Mozambico, sì, ma solo due anni più tardi, nel luglio 2013, "ai sensi della Convenzione relativa all'assistenza giudiziaria materia penale tra gli Stati membri della Comunità dei Paesi di Lingua Portoghese" - hanno confermato la PUBBLICO tra i PGR portoghese , parlando a "processo autonomo" non chiarisce se questo è legato alla stessa denuncia di Giovanni Oliveira presentata all'inizio del 2011, e non spiega perché c'era, in questo caso, un ritardo di due anni per farlo poi in Mozambico . già L'iniziativa è partita dopo la PGR portoghesi sono a conoscenza dell'apertura di un'inchiesta in Italia, anche in relazione ad una denuncia di John Oliveira, che era con i propri mezzi l'Italia. "Sono andato in una stazione di polizia e gli ho detto cosa stava succedendo" ricorda. La denuncia contro i due italiani - Padre Luciano Cominotti, l'orfanotrofio, e il prete Ilario Verri, oggi capo della scuola - Centro Polivalente Dehon -. Stata ricevuta nell'aprile 2012 due percorsi, uno destinazione Ilario Verri è un sacerdote dehoniano in Mozambico, per molti anni. Vissuto vicino al confine con il Malawi, negli anni della guerra civile. Poi andò a Maputo dove partì per Gurué con l'obiettivo di ricostruire il complesso scolastico e il centro che esiste dal 1969 ed è stato diretto da SCJ religiosi presenti in Mozambico dal 1968. Nel 1975, con l'indipendenza, il complesso è stato nazionalizzato , e nel 1994 tornò alla provincia mozambicana di SCJ Congregazione, una congregazione religiosa della Chiesa Cattolica fondata da Padre Dehon nel 1878 e oggi presente in decine di paesi, tra cui il Portogallo. complesso fu ricostruito e migliorato e ha iniziato a chiamarsi Centro Polivalente Dehon (dal nome del fondatore). Comprende la Scuola Industriale (una scuola professionale, corrispondente alla scuola secondaria, fino a 9. Grade) e l'Istituto orientale dell'Agricoltura e del Bestiame (che corrisponde al livello di scuola superiore). John Oliveira è stata posta in questo, ma ha anche dato lezioni di computer per gli studenti più giovani della scuola professionale. Luciano Cominotti è diocesana e sono andati a Gurué per scelta dopo essere stato ordinato sacerdote a Milano o già Gurué (informazioni differire da quanto Luciano dice il sacerdote portoghese e il sacerdote a Roma Ornelas, capo della Congregazione (leggi l'intervista in queste pagine)). "è stato militare in Italia, è stato deciso dal sacerdozio, fatta la richiesta al vescovo di Milano Voleva andare in missione", PUBLIC ha detto il sacerdote portoghese Luciano, con la responsabilità della Congregazione SCJ in Portogallo e che faceva parte di un gruppo che ha avviato il programma di volontariato presso il Centro Polivalente in Gurue. "All'inizio, quando viene ordinato, uno è nella diocesi dove è nato. Per passare a un altro ci deve essere una ragione ", aggiunge. Luciano Cominotti ha scelto Gurue, che sono arrivati ​​nei primi anni 2000. Nel corso del 2004, "esisteva sua opera", dice sacerdote portoghese sulla orfanotrofio che veniva aumentata , come il sacerdote era Cominotti acquisto del terreno intorno grazie a sovvenzioni e donazioni "benefattori italiani." Due immagini dell'orfanotrofio, disponibili su Internet mostra in lontananza, questa dimora sontuosa, che sale, attraverso le cime degli alberi Gli alberi, come un castello strana accanto a una piccola città dove sono segni visibili di abbandono, case modeste e strade sterrate. Una di queste immagini è accompagnato da un testo enigmatico, non firmato, e che descrive questa casa come "un orfanotrofio maschile per i bambini", dal momento che dopo aver ricordato: "Mi dispiace per la distanza delle immagini, ma in fondo può vedere uno splendido edificio. È in Gurue, con vista sul lago e dispone di strutture in tutto il mondo civilizzato sarebbero considerati eccellenti. Niente Manca. È mantenuto da sponsor, che visitano i locali di volta in volta. " dedicato un padre "" Chi sa l'orfanotrofio è Padre Aderito Barbosa, che era lì, per essere "un amico di padre Luciano Cominotti", dice il pubblico prima confrontarsi con la denuncia contro il sacerdote e ricerche che girano in Mozambico e in Italia italiano. "E 'un sacerdote dedicato, con responsabilità nella diocesi, e il suo lavoro, in quanto questa casa per sostenere i bambini", ha continuato il sacerdote Adérito Barbosa, coordinatore nazionale della Famiglia Dehoniana in Portogallo e presidente dell'Associazione dei volontari laici dehoniani, creata nel 1999, legata alla Provincia portoghese dei Sacerdoti del Sacro Cuore (SCJ) e responsabile per l'invio di insegnanti volontari per il Centro Polivalente Dehon e altri . "funziona" SCJ in Mozambico e altrove è questo sacerdote che descrive l'orfanotrofio - o meglio, "un centro di sostegno per i bambini in difficoltà" - come "un castello". "Si è chiuso, non entra nessuno", continua. "Si è chiuso perché è privata. Ci sono i giovani all'interno. Egli [Luciano Cominotti] mette i bambini a lavorare. Una guardia, altri lavorano. Ci sono stati dentro diverse volte - l'ultima delle quali ci sono quattro o cinque anni ", dice - prima di confermare che il palazzo ha guardie armate e alcuni in città parlano di" terrore "che il luogo ispira. L'ultima volta che sei stato in Gurué stato l'anno scorso, ma il Padre Luciano Cominotti non c'era. Lui e il prete Ilario Italia a volte chiedere soldi per il "lavoro" che uno e un'altra unità. L'opera di Padre Cominotti "è quello di aiutare i bambini." L'orfanotrofio avrà "circa 50 bambini", aggiunge. Cominotti PUBBLICO tentò più volte di contattare la diocesi, ma non ottenne risposta, e il prete Ilario Verri per il Centro Polivalente Dehon, ma il regista è in Italia pochi mesi fa "per motivi personali". "Entrambi i sacerdoti sono inseparabili", afferma João Oliveira, che crede che Luciano Cominotti aveva in passato legato alla Congregazione della SCJ, e che vi è un tentativo di dissociare, per diluire le responsabilità. "Somewhere durante questo processo il sacerdote e Luciano non è più orfanotrofio SCJ. Questa è una questione che deve essere risolta. Sanno cosa sta succedendo e ci sono ovviamente all'interno dell'ordine che si oppone e ha causato questo comodo, apparente ed esteriore separazione "crede. Orphanage è più esposta al sospetto abuso di bambini di scuola, che non è esente da "rumors frequenti" come il governo ha detto altre portoghese che vivevano in Gurué, e riceve i visitatori nelle loro case volti a volontari in un ex seminario trasformato in una pensione, che viene descritto sul sito web della scuola (con le foto delle camere e scuola) come . "uno splendido palazzo non lontano dal centro" I sacerdoti dehoniani contattati a Lisbona ea Roma dal pubblico negare la connessione, insistendo sul fatto che Luciano era sempre Cominotti gioca e incarichi diocesani di responsabilità nella diocesi di Gurué - nella pagina web Diocesi appare come amministratore . Dicono di aver mai sentito parlare della denuncia portoghese João Oliveira o una denuncia relativa a qualsiasi altro prete Ilario. "Ho sentito la prima volta", dice il sacerdote Aderito Barbosa. "Ho i migliori riferimenti di lui e del suo lavoro", dice il sacerdote portoghese Luciano anche contattato. Che dire di quel vecchio seminario, oggi "una locanda" appartenente al Centro Polivalente, dice: "è stato migliorato, potenziato e migliorato per accogliere turisti e visitatori e persone delle imprese collegate e di governo." Per John Oliveira, il collegamento tra i due sacerdoti è rilevante per dimostrare che una scuola che è stata sostenuta dal Ministero degli Affari Esteri portoghese, attraverso ca posizionamento insegnante è servito come un "fronte" per qualcosa che coinvolge entrambe le istituzioni - e Orphanage Centro Polivalente Dehon. E che, nonostante le loro lamentele - e le indagini aperte in Italia e Mozambico -. Them sacerdoti, bersaglio di sospetti continuano come leader delle due istituzioni João Oliveira sostiene che "giustifica pienamente la necessità di un coinvolgimento delle Nazioni Unite in questo crimine globale "e accoglie con favore la decisione del Comitato delle Nazioni Unite sui Diritti dei Bambini - inizio febbraio - per chiedere che la Santa Sede" il ritiro delle funzioni "dei preti pedofili o sospettati di essere, e di trasmetterle alle autorità giudiziarie per indagato (una dichiarazione non vincolante). richieste delle Nazioni Unite nel documento inedito pubblicato un mese fa, e il Vaticano ha criticato per 'travisare i fatti ", gli esperti del Comitato delle Nazioni Unite hanno rilevato che 400 sacerdoti furono espulsi dalla Chiesa cattolica in 2011 e 2012 dalle accuse di pedofilia, durante il pontificato di Benedetto XVI. Ma un'analisi approfondita di un vasto dossier di denunce ricevute in questi ultimi anni contro i sacerdoti cattolici in diversi paesi, ha concluso che gli abusi erano "sistematico" e che la verità si saprà solo quando sono state ascoltate le vittime. João Oliveira rivedere pienamente queste conclusioni e dice che è urgente che le vittime siano protetti in modo da essere ascoltato. Solo quando questo accade, ci saranno prove rafforza. "Dopo l'assalto ho sofferto, le vittime non parlano mai con i sacerdoti intorno. Era un messaggio violento ed efficace che tacere molti testimoni ", ha scritto una delle tante lettere inviate da allora per sbloccare la situazione. 's veterinario, posto come insegnante in Mozambico, ritiene che questo paese sia "diventato un esempio internazionale di passività della Chiesa cattolica di fronte al reato di pedofilia. "Quando è stato aggredito, il loro status di servizio ufficiale per la cooperazione portoghese prevede che un allarme è stato attivato (per l'Ambasciata del Portogallo in Mozambico) da sacerdoti, perché essi sono i leader di la scuola dove è stato posto come stagista nel Inov Mundus, con una assicurazione sanitaria che lo avrebbero diritto ad un rimpatrio di emergenza. Sacerdoti non ha attivato l'avviso e l'ambasciata del Portogallo è stato informato solo pochi giorni dopo dall'Ambasciata di Danimarca, che ha appreso della situazione attraverso un lavoratore straniero di lavorare in Gurué Amici di John Oliveira -. varie nazionalità - si sono alternati ad essere sempre sola in una stanza in quello che Gurue, antico borgo Junqueiro, più assomiglia ad un ospedale. "rimpatrio d'emergenza è chiaro nel settore assicurativo offerto nel contratto. Una volta ho avuto di meglio, ho messo in guardia l'iPad, ha chiesto di portarmi a Maputo, andai all'Ambasciata del Portogallo, dopo Johannesburg, e infine di Lisbona ", dice João Oliveira. Pochi o risposte già in Portogallo, quasi non ricevere risposte alle lettere quella inviata il pubblico e ora avuto accesso, tra cui l'allora ministro degli Esteri Paulo Portas che ha scritto nel mese di aprile 2013 per riconoscere cooperazione portoghese di soggiorno "penalmente silenziosa e passiva in questa materia" e avvertendo che "la Farnesina essere in grado di sponsorizzare la pedofilia in Mozambico. " Due anni prima, aveva scritto "più volte" l'allora Console Generale del Portogallo in Mozambico, Graça Gonçalves Pereira, "chiedendo aiuto per questi bambini" e informazioni sulle istituzioni locali per una possibile " intervento. " Publico, Graça Gonçalves Pereira ha detto che riceve "centinaia di lamentele da canadesi" quando ha agito come Console Generale a Maputo fino al 2012 e non c'é questa partita in particolare. Eppure, quando ero in Gurue, più volte messo in guardia i leader del iPad (ora defunto e fusa con l'Istituto Camões). "Hanno detto compianto quello che era successo. Non passò molto tempo prima che mi resi conto che non avrebbero fatto nulla ", dice John Doe. "era un tema che la nostra gestione ha avuto conoscenza", ha detto Catarino Fernanda PUBBLICO, uno dei leader del Inov Mundus, e spesso il contatto avuto con il insegnante. Era con lei e il suo superiore che molto presto Joao Oliveira ha condiviso i suoi sospetti. A questo livello, nulla poteva essere fatto, dice Fernanda Catarino, ormai ufficiale in Camões. . "La questione è stata sottoposta ad una maggiore considerazione alla direzione" Era allora presidente del iPad Augusto Manuel Correia, che non ha risposto alle domande inviate dal pubblico. pubblicamente, anche Camões - Istituto per la Cooperazione e la lingua (che ha assorbito l'ormai defunta IPD nel 2012) non ha specificato quanti insegnanti portoghesi messi in Centro Multifunzionale Dehon, e tra ciò che date, ha dato altro supporto ei criteri scelti per selezionare il Centro Polifunzionale e la sua scuola per l'inclusione nell'elenco delle entità a qualificarsi per l'assistenza cooperazione portoghese. Già dopo aver lasciato Gurue, João Oliveira ha anche avvertito organizzazioni per i diritti umani. Human Rights Watch ha inviato ad Amnesty International, che si riferiva al UNICEF, che non ha risposto. lettera s 'nel mese di aprile 2013, la portoghese cooperativa vice procuratore distrettuale ha scritto al Dipartimento di investigazione e di azione penale (DIAP) di nuovo a insistono sul fatto che il caso non sarebbe stato dimenticato, si è conclusa così: "Devo scusarmi per la mia testardaggine, ma so che alcuni di questi ragazzi. Avere il nome e poco altro. Non hanno nessun genitore o chi vuole sapere su di loro. (...). È possibile salvare queste vite Avvocato:. Io non " www.publico.pt/mundo/noticia/entrev...assunto-1626571 NTERVIEW Intervista a João Oliveira: "Gli autori del MNE scelto di eliminarlo" ANA DIAS AGNELLO 2014/03/02 - 09:09 1 ARGOMENTI Italia Mozambico procuratori del ministero degli Esteri Chiesa cattolica Pedofilia diritti umani João Paulo de Oliveira Gomes, 38 anni, è un veterinario e lavora in cooperazione internazionale e sviluppo dal 2001 ha superato. da organizzazioni nazionali e internazionali di diversi paesi. Quando, nel 2010, è stato collocato come insegnante dal Centro Polivalente Dehon in Gurue, Mozambico, nell'ambito di un programma dell'allora Istituto portoghese per il sostegno allo sviluppo (IPAD), finanziato dal Ministero della Affari Esteri, ha riferito di abusi sessuali che coinvolgono i sacerdoti loro studenti responsabili per il centro e un orfanotrofio nelle vicinanze. 's che cosa lo ha portato a fare la denuncia? Sopra la gravità della situazione. Mentre mi integro a scuola e gli studenti si resero conto che non era collegato ai sacerdoti [il preside e il capo di un orfanotrofio in Gurue], ho cominciato ad avere sospetti, i fatti noti e comportamenti strani come guardie armate alla porta dell'orfanotrofio. Quando sono stato avvicinato da uno studente angosciato e disperato che voleva scappare, ma potrebbe non dove, di fronte a lui e ha ricevuto un conto spaventoso di quanto stava accadendo. Entrambi i sacerdoti - Ilario Verri e Luciano Cominotti - sono in corso indagato in Italia solo sulla base della loro denuncia? non si può dire. Ma è chiaro che la mia denuncia è stata presa sul serio ed è sufficientemente sostanziale e circostanziata di essere stato inviato a procedimenti giudiziari [in Italia] e si è guadagnato diversi mesi di indagine. Sono stato convocato dai pubblici ministeri italiani a testimoniare in merito a questi sacerdoti, avvenuta lo scorso settembre. Quali prove presentate? prove è stata presentata alle autorità competenti e sono oggetto di indagine. Non sarà un processo facile data la natura del reato, i limiti delle istituzioni in Mozambico e nel caso del procuratore italiano, la barriera linguistica. Questo caso sottolinea la responsabilità penale della Chiesa cattolica e l'importanza di essere giustizia laica per risolvere questi casi, semplicemente perché sappiamo tutti che la giustizia, la polizia, la libertà di stampa il lavoro solo una parte ristretta del mondo. Ed è esattamente dall'altra parte che è bambini più svantaggiati. E 'molto importante che la Chiesa cattolica assume le proprie responsabilità e prendere misure per proteggere efficacemente i bambini. segnalato la situazione ai suoi superiori su iPad. Cosa ti aspettavi? Crime segnalato al Ministero degli Affari Esteri (MAE) [di cui dipendeva l'iPad] è un crimine che viola le convenzioni internazionali sui diritti umani sottoscritti dallo Stato portoghese. Si prevede che lo Stato portoghese non ha trascurato la sicurezza delle vite umane, soprattutto quando si parla di bambini svantaggiati nei paesi fratelli. Se vi sono prove sufficienti che la giustizia di due paesi stranieri indagare, è incomprensibile negligenza dei fatti MNE responsabili prima di loro, hanno semplicemente scelto di eliminarlo. Entrambi i paesi - Italia e Mozambico - hanno giurisdizione. Portogallo non ha fatto, perché non sono né vittime né l'agente presunto reato portoghese. Comunque, con l'insegnamento essendo l'obiettivo principale di PALOPs cooperazione portoghesi, questa procedura solleva seri interrogativi su ciò che la procedura MNE quando situazioni analoghe vengono a la loro conoscenza. La scuola dove ho lavorato non era ancora stato visitato prima da nessuno dei miei superiori. C'era prima, durante, o dopo. Chi può garantire che le altre istituzioni, beneficiando cooperazione portoghese, non ci sono tali crimini? COMMENTO I commenti a questo articolo sono chiusi. Scopri perché. Apprendista stregone 2014/02/03 14:35 Come MNE un focolaio di intrighi e massoni, guidata da un States inefficace e vassallo e altri interessi, come si è visto nello scandalo delle dichiarazioni sulle indagini di "alta "personalità angolani in Portogallo, che è l'attuale ministro degli esteri del racket, erano in attesa per cosa? Complimenti a questa persona denunciato questi criminali. Può essere che il parlamentare italiano, in collaborazione con le autorità mozambicane deslindem questo caso e proteggere i bambini, che lo Stato portoghese non c'è nulla da aspettarsi, purtroppo ...

Edited by pincopallino2 - 15/2/2019, 11:48
 
Web  Top
view post Posted on 15/5/2014, 10:01
Avatar

Group:
Administrator
Posts:
21,949

Status:


http://ccrjustice.org/files/SNAP_UNCATSupp..._2014-04-18.pdf

Brazil
-
Mozambique
.
In 2009, Clodoveo Piazza, an Italian priest who ran a shelter for
homeless children in Brazil was charged with sexual
ly
assaulting boys
and
allowing visiting
foreigners to sexually exploit them.
14
Piazza belongs to the Jesuit religious order and the
Italian Jesuits issued a comment on their website expressing “solidarity with the brother and
father Piazza” and asserting that “the slander against missionaries is becoming an
increasingly popular gam
e.”
15
Brazilian police have reportedly sought his arrest.
Piazza
left
Brazil
when the scandal emerged
and
was last reported to be
working as a missionary in
Maputo,
Mozambique.
16
Mozambique
-
Italy
-
Portugal.
Recently, in March 2014, news broke in
Portugal of
allegations of serious and ongoing sexual violence and exploitation at a school and orphanage
in Mozambique.
17
Whistleblower João Gomes de Oliveira,
18
a teacher placed at the school by
a program run through the government of Portugal, came forwar
d with reports concerning
sexual abuse and exploitation by two Italian priests that run the institution.
19
Oliveira
submitted complaints seeking investigations with the authorities in Mozambique, Portugal
and Italy.
20
An investigation in Italy is reportedly
underway, but the former teacher is
urgently concerned about the well
-
being to children currently housed in the institution.
21

14
Geographical Cure,
supra
note 2.
15
Id.
16
Id.
17
Ana Dias Cordeiro,
Mozambique: Fathers Investigated for Suspected Abuse Direc
ted Orphanage that
Had the Support of Portugal,
Publico, 2 Mar. 2014,
available at
http://
www.publico.pt/mundo/noticia/mocambique
-
padres
-
investigados
-
por
-
suspeitas
-
de
-
abusos
-
dirigem
-
orfanato
-
e
-
escola
-
que
-
teve
-
apoio
-
de
-
portugal
-
1626570
. (in Portuguese)
.
18
Oliveira is ready and willing to provide the Committee with further information or assist
in any way.
19
Id.
20
Id.
21
Id
 
Web  Top
view post Posted on 6/6/2014, 10:45
Avatar

Group:
Administrator
Posts:
21,949

Status:


La notizia che 2 sacerdoti italiani in Mozambico sono indagati per pedofilia e sono stati denunciati anche in Italia arriva dal Portogallo, da un medico di una ONG portoghese che lavorava in Mozambico ed è stato anche in Italia per denunciarlo.

23533_101288029907815_1354709_n


Il caso è stato anche oggetto di un rapporto consegnato all'ONU dallo SNAP, organizzazione americana antipedofilia.

Vi riportiamo i documenti originali, con la traduzione google per il portoghese.

Ricordiamo che in Mozambico è nascosto anche un altro prete italiano ricercato per pedofilia in Brasile, padre Clodoveo Piazza: https://laici.forumcommunity.net/?t=30687818


http://ccrjustice.org/files/SNAP_UNCATSupp..._2014-04-18.pdf

Mozambique
-
Italy
-
Portugal.
Recently, in March 2014, news broke in
Portugal of
allegations of serious and ongoing sexual violence and exploitation at a school and orphanage
in Mozambique.
17
Whistleblower João Gomes de Oliveira,
18
a teacher placed at the school by
a program run through the government of Portugal, came forwar
d with reports concerning
sexual abuse and exploitation by two Italian priests that run the institution.
19
Oliveira
submitted complaints seeking investigations with the authorities in Mozambique, Portugal
and Italy.
20
An investigation in Italy is reportedly
underway, but the former teacher is
urgently concerned about the well
-
being to children currently housed in the institution.
21

Brazil - Mozambique
.
In 2009, Clodoveo Piazza, an Italian priest who ran a shelter for homeless children in Brazil was charged with sexually assaulting boys and allowing visiting foreigners to sexually exploit them.
14
Piazza belongs to the Jesuit religious order and the
Italian Jesuits issued a comment on their website expressing “solidarity with the brother and father Piazza” and asserting that “the slander against missionaries is becoming an
increasingly popular gam
e.”
15
Brazilian police have reportedly sought his arrest. Piazza left Brazil when the scandal emerged and was last reported to be working as a missionary in Maputo, Mozambique.
16


www.publico.pt/mundo/noticia/mocamb...ortugal-1626570

Moçambique: Padres investigados por suspeitas de abusos dirigem orfanato e escola que teve apoio de Portugal
ANA DIAS CORDEIRO 02/03/2014 - 08:38
Uma escola do Centro Polivalente Leão Dehon beneficiou de apoios de Portugal através da colocação de professores. Um deles fez uma denúncia por suspeitas de abusos sexuais de menores contra dois padres italianos nessa cidade moçambicana: o director desse centro e o responsável de um orfanato. O caso está a ser investigado por procuradores em Itália e Moçambique, numa altura em que a ONU exige que padres suspeitos de abusos a menores sejam afastados.


NELSON GARRIDO
12





MAIS
"MNE apagou o assunto”
“Não hesitaremos em tomar medidas”
Naquele dia, um dos rapazes vinha aflito. Como quem precisa de se redimir e, ao mesmo tempo, pede socorro. Precisava de falar - ele e os outros miúdos, todos menores, que diziam que o padre tinha construído dentro do orfanato, onde viviam, uma prisão para os castigar, uma prisão com grades, como nos filmes.

Muitas vezes sentiam-se observados, também por se sentirem diferentes: ele e, como ele, os alunos mais novos na escola dirigida pelo padre Ilario Verri que viviam no orfanato do padre italiano Luciano Cominotti em Gurúè, Moçambique. Moviam-se como sombras sempre vigiadas, que quase ou nunca sorriem. Tinham isso em comum. Isso e a cumplicidade de um terrível segredo.

Este seria, contudo, um novo e diferente dia, capaz de dissipar as nebulosas suspeitas que se avolumavam todas as semanas aos olhos do professor, João Gomes de Oliveira. O médico veterinário português fora colocado pela cooperação portuguesa, como professor numa das duas escolas do Centro Polivalente Leão Dehon em Janeiro de 2010 nesta pequena cidade moçambicana da Zambézia, para onde foi seleccionado entre os vários estagiários enviados esse ano no quadro do programa Inov Mundus, financiado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Foi lá que ouviu a denúncia de abusos sexuais de menores contra os dois padres. E com ela, apresentou uma queixa relacionada com as investigações judiciais que decorrem actualmente – uma em Itália e a outra na procuradoria de Gurúè em Moçambique.

As dezenas de avisos que enviou a organizações internacionais de defesa dos direitos humanos e das crianças, aos seus responsáveis directos no então Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), à Cônsul-Geral de Portugal em Moçambique, Graça Gonçalves Pereira, à embaixada de Moçambique em Portugal e, já depois de três anos, ao ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas, e a que o PÚBLICO teve agora acesso, esbarraram com o silêncio. Da Procuradoria-Geral da República, para onde foi encaminhada uma denúncia que fez na Polícia Judiciária, responderam-lhe que, sendo este um assunto para a polícia e a justiça de Moçambique, nada podiam fazer.

Para ele, quanto mais depressa este caso for denunciado, “melhor”. A história destes miúdos – uns órfãos, outros não – é como um fardo que carrega desde então. “O que acontece às vítimas destes abusos quando crescem é uma pergunta que nunca ninguém me soube responder.”

Depois de ouvir “o relato assustador” de um dos seus alunos (ver entrevista nestas páginas), João Oliveira foi violentamente agredido. Comprovam-no fotografias tiradas na unidade hospitalar onde ficou, antes de sair para sempre de Gurúè. Foi apedrejado na cabeça, quando seguia de moto sem capacete. Não saberá dizer quem o fez. Mas acredita que quem foi sabia que o professor português estava prestes a denunciar os padres Ilario e Cominotti à polícia de Gurúè por abusos sexuais de rapazes.

Dever legal e dever moral
Já em Portugal, esteve internado para uma longa recuperação após a agressão. No dia em que finalmente saiu do hospital, foi à polícia. A queixa foi aceite e encaminhada para o Ministério Público onde foi arquivada por “incompetência territorial”, em Fevereiro de 2011. “A queixa podia ter sido encaminhada de imediato para Moçambique”, diz João Oliveira, que fala em “dever moral” de alertar as autoridades do país.

Do ponto de vista legal, sendo as vítimas moçambicanas e os agentes (do suposto crime cometido em Moçambique) italianos, Portugal não tinha competência para tratar o caso, segundo os juristas ouvidos pelo PÚBLICO.

A denúncia seguiu para a Procuradoria-Geral de Moçambique, sim, mas só dois anos mais tarde, em Julho de 2013, “ao abrigo da Convenção de Auxílio Judiciário em Matéria Penal entre os Estados Membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa” – confirmou o PÚBLICO junto da PGR portuguesa, que fala em “processo autónomo”, não esclarece se este está relacionado com a mesma denúncia de João Oliveira arquivada no início de 2011, e não explica por que houve, nesse caso, uma demora de dois anos em fazê-la seguir para Moçambique.

A iniciativa surgiu já depois de a PGR portuguesa ter conhecimento da abertura de uma investigação em Itália, também relacionada com uma denúncia de João Oliveira que foi pelos seus próprios meios a Itália.

“Entrei numa esquadra da polícia e contei o que se passava”, recorda. A denúncia contra os dois italianos – o padre Luciano Cominotti, do orfanato, e o padre Ilario Verri, ainda hoje director da escola – o Centro Polivalente Leão Dehon – deu entrada em Abril de 2012.

Dois percursos, um destino
Ilario Verri é um padre dehoniano, em Moçambique, há muitos anos. Viveu junto à fronteira com o Malawi, nos anos de guerra civil. Depois foi para Maputo de onde partiu para Gurúè com o objectivo de reconstruir o complexo da escola e do centro que já existia desde 1969, e era dirigido pelos religiosos dehonianos presentes em Moçambique desde 1968.

Em 1975, com a independência, o complexo foi nacionalizado, e em 1994 devolvido à província moçambicana da Congregação Dehoniana, uma congregação religiosa da Igreja Católica fundada pelo padre Leão Dehon em 1878 e hoje presente em dezenas de países, incluindo Portugal.

O complexo foi reconstruído e melhorado e passou a chamar-se Centro Polivalente Leão Dehon (em homenagem ao fundador). Engloba a Escola Básica Industrial (uma escola profissional, correspondente à escola secundária, até ao 9.º ano) e o Instituto Médio Agro-Pecuário (que corresponde ao nível do liceu). João Oliveira foi colocado nesta, mas também dava aulas de informática aos alunos mais novos da escola profissional.

Luciano Cominotti é diocesano e terá ido para Gurúè por escolha pessoal depois de ser ordenado padre em Milão ou já em Gurúè (as informações diferem entre o que diz o padre português Luciano e o padre Ornelas em Roma, chefe da Congregação (ver entrevista nestas páginas)).

“Era militar em Itália, decidiu-se pelo sacerdócio, fez o pedido ao bispo de Milão. Ele queria ir para as missões”, contou ao PÚBLICO o padre português Luciano, com responsabilidades na Congregação dos Dehonianos em Portugal e que fez parte de um dos grupos que iniciaram o programa de voluntariado no Centro Polivalente em Gurúè. “À partida, quando se é ordenado padre, fica-se na diocese onde se nasceu. Para ir para outra tem de haver uma razão”, acrescenta.

Luciano Cominotti escolheu Gurúè, onde terá chegado no início da década de 2000. Em 2004, “a sua obra já existia”, diz o padre português sobre o orfanato que foi sendo aumentado, à medida que o padre Cominotti foi adquirindo os terrenos em volta graças a apoios e donativos de “benfeitores italianos”.

Duas imagens do orfanato, disponíveis na Internet, mostram, ao longe, este sumptuoso casarão, que se eleva, por entre as copas das árvores, como um estranho castelo junto a uma pequena cidade onde são visíveis os sinais de abandono, as casas modestas e as estradas de terra batida. Uma dessas imagens vem acompanhada de um enigmático texto, não assinado, e que descreve esta casa como um “orfanato masculino para crianças”, já depois de referir: “Desculpem pela distância da imagem, mas lá no fundo conseguem ver um edifício deslumbrante. Fica no Gurúè, com vista para o lago e possui instalações que no mundo civilizado seriam consideradas de excelentes. Nada ali falta. É mantido por patrocinadores, que visitam as instalações de vez em quando.”

Um padre “dedicado”
Quem conhece o orfanato é o padre Adérito Barbosa, que lá esteve dentro, por ser “amigo do padre Luciano Cominotti”, diz ao PÚBLICO antes de ser confrontado com a denúncia contra o padre italiano e as investigações que correm em Moçambique e em Itália.

“É um padre dedicado, com responsabilidades na diocese, e com a sua obra, como esta casa de apoio às crianças”, continua o padre Adérito Barbosa, coordenador nacional da Família Dehoniana em Portugal e presidente da Associação dos Leigos Voluntários Dehonianos, criada em 1999, vinculada à Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) e responsável pelo envio de professores voluntários para o Centro Polivalente Leão Dehon e outras “obras” dehonianas em Moçambique e noutros países.

É este padre que descreve o orfanato – ou antes “um centro de apoio de crianças necessitadas” – como “um castelo”. “Está fechado, não entra ninguém”, continua. “Está fechado porque é privado. Estão lá os moços dentro. Ele [Luciano Cominotti] põe os miúdos a trabalhar. Uns guardam, outros trabalham. Já lá fui dentro várias vezes – a última das quais há quatro ou cinco anos”, diz – antes de confirmar que o casarão tem guardas armados e que alguns na cidade falam do “terror” que o lugar inspira.


A última vez que esteve em Gurúè foi no ano passado, mas o padre Luciano Cominotti não estava lá. Ele e o padre Ilario vão algumas vezes a Itália pedir dinheiro para a “obra” que um e outro dirigem. A obra do padre Cominotti “é para ajudar as crianças”. O orfanato terá “umas 50 crianças”, acrescenta.

O PÚBLICO tentou várias vezes contactar Cominotti na Diocese, mas não obteve resposta, e o padre Ilario Verri para o Centro Polivalente Leão Dehon, mas o director encontra-se em Itália, há já alguns meses “por motivos pessoais”.

“Os dois padres são indissociáveis”, diz João Oliveira, que acredita que Luciano Cominotti teve, no passado, ligações à Congregação dos Dehonianos, e que existe uma tentativa de os dissociar, para diluir responsabilidades.

“Algures durante este processo o padre Luciano e o orfanato deixaram de ser dos Dehonianos. Esse é um assunto a esclarecer. Eles sabem o que se passa e obviamente haverá dentro da ordem quem se oponha e tenha provocado essa separação conveniente, aparente e exterior”, considera.

O orfanato está mais exposto às suspeitas de abusos de crianças do que a escola, que também não escapa a “frequentes rumores”, como contou ao PÚBLICO outro português que viveu em Gurúè, e recebe visitantes nas suas casas destinadas a voluntários num antigo seminário transformado em pensão, e que é descrita no site da escola (com fotografias dos quartos e da escola) como “uma belíssima mansão não longe do centro”.

Os padres dehonianos contactados em Lisboa e Roma pelo PÚBLICO desmentem a ligação, insistindo que Luciano Cominotti sempre foi diocesano e desempenha cargos de responsabilidade na Diocese de Gurúè – na página da Diocese na Internet aparece como administrador. Dizem nunca ter ouvido falar da denúncia do português João Oliveira ou de uma qualquer outra denúncia relativa ao padre Ilario.

“Estou a ouvir isso pela primeira vez”, garante o padre Adérito Barbosa. “Tenho as melhores referências dele e do trabalho dele”, afirma o padre português Luciano, também contactado. E sobre esse antigo seminário, hoje “uma hospedaria” pertencente ao Centro Polivalente, diz que “foi requalificado, aumentado e melhorado para receber turistas e visitantes, e pessoas ligadas a empresas e ao Governo”.

Para João Oliveira, a ligação entre os dois padres é relevante para mostrar que uma escola que beneficiou do apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, através ca colocação de professores como ele, serviu de “fachada” para algo que envolve as duas instituições – orfanato e o Centro Polivalente Leão Dehon. E que apesar das suas denúncias – e das investigações abertas em Itália e Moçambique – os mesmos padres, alvo das suspeitas, continuam como responsáveis das duas instituições.

João Oliveira defende que se “justifica em pleno a necessidade do envolvimento das Nações Unidas neste crime global” e acolhe com entusiasmo a decisão do Comité da ONU para os Direitos das Crianças – no início de Fevereiro – de exigir à Santa Sé “a retirada de funções” de padres pedófilos ou suspeitos de o serem e que os entreguem às autoridades judiciais para serem investigados (num pronunciamento que não é vinculativo).

Exigências da ONU
Num documento sem precedentes divulgado há um mês, e que o Vaticano criticou por “deturpar os factos”, os peritos deste comité da ONU notaram que 400 sacerdotes foram expulsos da Igreja Católica em 2011 e 2012, por denúncias de pedofilia, durante o pontificado de Bento XVI. Mas numa análise aprofundada de um vasto dossier de queixas recebidas, nos últimos anos, contra padres da Igreja Católica em vários países, concluíram que os abusos foram “sistemáticos” e que a verdade só será conhecida quando as vítimas foram ouvidas.

João Oliveira revê-se plenamente nessas conclusões e diz que é urgente que as vítimas sejam protegidas para poderem ser ouvidas. Só quando isso acontecer, haverá provas, reforça.

“Depois da agressão que eu sofri, as vítimas nunca falarão com os padres por perto. Foi uma mensagem violenta e eficaz que silencia muitas testemunhas”, escreveu numa das muitas cartas que enviou desde então para desbloquear a situação.
O médico veterinário, colocado como professor em Moçambique, acredita que este país está a “converter-se num exemplo internacional da passividade da Igreja Católica perante o crime da pedofilia". Quando foi agredido, o seu estatuto de funcionário em serviço para a cooperação portuguesa previa que um alerta fosse accionado (para a Embaixada de Portugal em Moçambique) pelos padres, por serem eles os responsáveis da escola onde fora colocado como estagiário do Inov Mundus, com um seguro de saúde que lhe daria direito a um repatriamento de urgência.

Os padres não accionaram o alerta e a Embaixada portuguesa só foi avisada dias depois pela Embaixada da Dinamarca, que soube da situação, através de uma funcionária estrangeira a trabalhar em Gurúè. Os amigos de João Oliveira – de várias nacionalidades – revezaram-se para que nunca ficasse sozinho numa sala daquilo que em Gurúè, antiga Vila Junqueiro, mais se assemelha a um hospital.

“O repatriamento de emergência está bem claro no seguro oferecido no contrato. Assim que fiquei melhor, alertei o IPAD, exigi que me levassem até Maputo, fui para a Embaixada de Portugal, depois Joanesburgo, e por fim Lisboa”, conta João Oliveira.

Poucas ou nenhumas respostas
Já em Portugal, quase não recebeu respostas às cartas que enviou e a que o PÚBLICO teve agora acesso, incluindo ao então ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas a quem escreveu em Abril de 2013 a acusar a cooperação portuguesa de permanecer “criminalmente silenciosa e passiva neste assunto” e alertando para o facto de “o MNE poder estar a patrocinar a pedofilia em Moçambique”.

Dois anos antes, escrevera “várias vezes” à então Cônsul-Geral de Portugal em Moçambique, Graça Gonçalves Pereira, “a pedir ajuda para estas crianças” e informações sobre instituições locais para uma possível “intervenção”. Ao PÚBLICO, Graça Gonçalves Pereira disse receber “centenas de queixas de portugueses” quando assumiu funções de Cônsul-Geral em Maputo, até 2012, e não se lembrar dessa correspondência em particular.

E ainda quando estava em Gurúè, várias vezes alertou os responsáveis do IPAD (entretanto extinto e fundido com o Instituto Camões). “Diziam que lamentavam muito o que tinha acontecido. Não demorou muito tempo até eu perceber que não iam fazer nada”, diz João Oliveira.

“Foi um assunto que a nossa direcção teve conhecimento”, disse ao PÚBLICO Fernanda Catarino, uma das responsáveis do Inov Mundus, e que frequentemente tinha contacto com o professor. Foi com ela e com a sua superior que João Oliveira desde muito cedo partilhou as suas suspeitas.

A esse nível, nada podia ser feito, diz Fernanda Catarino, agora funcionária no Camões. “O assunto foi submetido à consideração superior, até à direcção.” Era então presidente do IPAD Augusto Manuel Correia, que não respondeu às perguntas enviadas pelo PÚBLICO.

Ao PÚBLICO, também o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (que absorveu o extinto IPD em 2012) não esclareceu quantos professores portugueses colocou no Centro Polivalente Leão Dehon, e entre que datas, se deu outro tipo de apoio e quais os critérios escolhidos para seleccionar o Centro Polivalente e a sua escola para figurarem na lista das entidades a beneficiar deste apoio da cooperação portuguesa.

Já depois de sair de Gurúè, João Oliveira alertou também organizações de direitos humanos. A Human Rights Watch remeteu para a Amnistia Internacional, que remeteu para a Unicef, que não respondeu.

A carta que, em Abril de 2013, o cooperante português escreveu à procuradora-adjunta do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de novo a insistir para que o caso não ficasse esquecido, terminava assim: “Tenho que lhe pedir desculpa pela minha obstinação, mas eu conheço alguns destes miúdos. Têm nome e pouco mais que isso. Não têm nem pai ou mãe ou quem queira saber deles. (…). A senhora procuradora pode arquivar estas vidas: eu não.”


www.publico.pt/mundo/noticia/entrev...assunto-1626571

NTREVISTA
Entrevista com João Oliveira: “Os responsáveis do MNE optaram por apagar o assunto”
ANA DIAS CORDEIRO 02/03/2014 - 09:09
1





TÓPICOS
Itália
Moçambique
Ministério Público
Ministério dos Negócios Estrangeiros
Igreja Católica
Pedofilia
Direitos humanos
João Paulo Gomes de Oliveira, 38 anos, é médico veterinário e trabalha em cooperação internacional e desenvolvimento desde 2001. Passou por organizações nacionais e internacionais de vários países.

Quando, em 2010, foi colocado como professor pelo Centro Polivalente Leão Dehon, em Gurúè, Moçambique, no quadro de um programa do então Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), financiado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, denunciou abusos sexuais de alunos seus envolvendo os padres responsáveis pelo centro e por um orfanato ali perto.

O que o levou a fazer a denúncia?
Sobretudo a gravidade da situação. À medida que me fui integrando na escola e à medida que os alunos perceberam que eu não estava relacionado com os padres [o director da escola e o responsável de um orfanato em Gurúè], comecei a ter suspeitas, a notar factos e comportamentos estranhos como os guardas armados à porta do orfanato. Quando fui procurado por um aluno angustiado e desesperado que queria fugir, mas não tinha como nem para onde, confrontei-o e recebi um relato assustador sobre o que se estava a passar.

Os dois padres – Ilario Verri e Luciano Cominotti – estão a ser investigados em Itália apenas com base na sua denúncia?
Não sei dizer. Mas é notório que a minha denúncia foi levada a sério e é suficientemente substantiva e fundamentada para ter sido encaminhada da judiciária para a procuradoria [em Itália] e merecer já vários meses de investigação. Fui chamado pelo Ministério Público italiano para depor sobre estes padres, o que aconteceu no passado mês de Setembro.

Quais as provas que apresentou?
As provas foram entregues às autoridades competentes e estão a ser alvo de investigação. Não será um processo fácil atendendo à natureza do crime, às limitações das instituições em Moçambique e, no caso da procuradoria italiana, à barreira da língua. Este caso sublinha a responsabilidade criminal da Igreja Católica e a importância de ser a justiça secular a resolver estes casos, simplesmente porque todos sabemos que a justiça, a polícia, a liberdade de imprensa apenas funcionam numa parte restrita do mundo. E é exactamente na outra parte que se encontra a maioria das crianças desprotegidas. É muito importante que a Igreja Católica assuma a sua responsabilidade e tome medidas para a protecção efectiva das crianças.

Reportou a situação aos seus superiores no IPAD. O que esperava que fizessem?
O crime reportado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) [de que dependia o IPAD] é um crime que viola as convenções internacionais de direitos humanos assinados pelo Estado português. Espera-se do Estado português que não negligencie a segurança das vidas humanas, principalmente quando estamos a falar de crianças desfavorecidas em países irmãos. Se existem indícios suficientes para que a justiça de dois países estrangeiros investigue, é incompreensível a negligência dos responsáveis do MNE perante os mesmos factos, que simplesmente optaram por apagar o assunto.

Os dois países – Itália e Moçambique – têm competência judicial. Portugal não tinha, por não serem nem as vítimas nem o suposto agente do crime portugueses.
Seja como for, sendo o ensino a grande aposta da cooperação portuguesa nos PALOP, este procedimento levanta sérias questões sobre qual o procedimento do MNE quando situações semelhantes chegam ao seu conhecimento. A escola onde trabalhei não tinha sido sequer visitada antes por nenhum dos meus superiores. Não o foi antes, durante, nem depois. Quem garante que em outras instituições, que beneficiam da cooperação portuguesa, não se verificam crimes desta natureza?


COMENTÁRIOS
Os comentários a este artigo estão fechados. Saiba porquê.

Aprendiz de feiticeiro
02/03/2014 14:35
Sendo o MNE um antro de intrigas e de maçons, liderados por uma inutilidade e vassalo de Estados e interesses terceiros, como se viu no escândalo das declarações sobre a investigação de "altas personalidades" angolanas em Portugal, que é o actual ministro das negociatas estrangeiras, estavam à espera de quê? Parabéns a esta Pessoa que denunciou estes criminosos. Pode ser que o MP italiano em cooperação com as autoridades moçambicanas deslindem este caso e protejam as crianças, que do Estado Português nada há a esperar, infelizmente...


----------------------------------------

Traduzione in italiano con google
Mozambico: Padri indagati per sospetto abuso orfanotrofio e scuola diretta che ha avuto il sostegno del Portogallo
ANA DIAS LAMB 2014/03/02 - 08:38
di una scuola Centro Polivalente Dehon ha ricevuto il sostegno dal Portogallo attraverso il collocamento di insegnanti. Un fatto una denuncia di sospetto abuso sessuale dei minori contro due sacerdoti italiani di quella città del Mozambico: il direttore di questo centro e il capo di un orfanotrofio. Il caso è indagato dai magistrati in Italia e Mozambico, in un momento in cui le Nazioni Unite richiede che sospetto abuso di minori sacerdoti vengono rimossi. NELSON BRASH 12 PIÙ "MNE cancellato it" "Non esitate ad agire" quel giorno, uno dei ragazzi erano stati afflitti Come chi ha bisogno di riscattarsi e, allo stesso tempo, chiede aiuto avevo bisogno di parlare - .. lui e gli altri ragazzi, tutti minorenni, che ha detto che il sacerdote aveva costruito dentro l'orfanotrofio, dove vivevano, una prigione . punirli, una prigione con sbarre, come i film , spesso si sentiva osservato anche da sentono diversi: lui e, come lui, gli allievi più giovani della scuola gestito da prete Ilario Verri che vivevano nell'orfanotrofio del sacerdote italiano Luciano Cominotti in Gurue, Mozambico. Si muovevano come ombre sempre sorvegliati, o quasi mai sorriso. ha questo in comune. complicità che e un terribile segreto. Ciò sarebbe tuttavia una nuova e diversa giornata, in grado di dissipare la nebbia sospetti che gonfiavano ogni settimana gli occhi del maestro, João Gomes de Oliveira. Il veterinario portoghese messo fuori dalla cooperazione portoghese, come insegnante nelle due scuole Dehon Centro Polivalente nel gennaio 2010 in questa piccola città in Mozambico Zambezia, dove è stato selezionato tra vari tirocinanti inviati quest'anno come parte del programma Inov Mundus finanziato dal Ministero degli Affari Esteri. fu lì che ha sentito la denuncia di abuso sessuale dei minori contro due sacerdoti. E ha fatto una denuncia relativa all'indagine giudiziaria in corso -. One in Italia e un altro avvocato a Gurue in Mozambico avvertimenti s 'che hanno inviato decine di organizzazioni internazionali e dei diritti umani dei bambini, la loro diretta responsabilità poi l'Istituto portoghese per il sostegno allo sviluppo (IPAD), il Console Generale del Portogallo in Mozambico, Graça Gonçalves Pereira, l'Ambasciata del Mozambico in Portogallo, e ora, dopo tre anni, l'ex ministro degli Esteri Paulo Portas, e PUBBLICO che ora ha avuto accesso, corse in silenzio. L'Ufficio del Procuratore Generale, a cui è stata sottoposta una denuncia che ha fatto la polizia criminale, è stato detto che, essendo questa una materia per la polizia e la giustizia del Mozambico, non poteva fare nulla. Secondo lui, la prima fattispecie è terminato , "migliore". La storia di questi ragazzi - alcuni orfani, non alcuni - è un fardello che porta da allora. "Cosa succede alle vittime di questi abusi quando crescono è una domanda che nessuno ha mai saputo di rispondere." Dopo aver ascoltato "storia spaventosa" di uno dei suoi studenti (vedi l'intervista in queste pagine), John Oliveira è stato violentemente aggredito. Questo si vede nelle fotografie scattate in ospedale, dove rimase prima di lasciare per sempre Gurue. È stato lapidato in testa, quando ha seguito la sua moto senza casco. Non so chi ha fatto dire. Ma chi crede che i portoghesi sapevano era professore stava per denunciare Ilario e Cominotti sacerdoti alla polizia Gurué per abuso sessuale dei ragazzi. obbligo di legge e il dovere morale già in Portogallo, è stato ricoverato per un lungo recupero dopo l'aggressione. Il giorno in cui finalmente lasciato l'ospedale, è andato alla polizia. La denuncia è stata accettata e trasmessa al Pubblico Ministero che è stata presentata da "competenza territoriale" nel febbraio 2011. "La denuncia potrebbe essere stato mandato via per il Mozambico", afferma João Oliveira, che ha parlato su "dovere morale" per mettere in guardia le autorità del paese. Dal punto di vista giuridico, con le vittime e gli agenti del Mozambico (il presunto crimine commesso in Mozambico) l'Italia, il Portogallo non era competente a trattare il caso, secondo gli esperti giuridici consultati da PUBBLICO. Terminazione andato alla Procura Generale del Mozambico, sì, ma solo due anni più tardi, nel luglio 2013, "ai sensi della Convenzione relativa all'assistenza giudiziaria materia penale tra gli Stati membri della Comunità dei Paesi di Lingua Portoghese" - hanno confermato la PUBBLICO tra i PGR portoghese , parlando a "processo autonomo" non chiarisce se questo è legato alla stessa denuncia di Giovanni Oliveira presentata all'inizio del 2011, e non spiega perché c'era, in questo caso, un ritardo di due anni per farlo poi in Mozambico . già L'iniziativa è partita dopo la PGR portoghesi sono a conoscenza dell'apertura di un'inchiesta in Italia, anche in relazione ad una denuncia di John Oliveira, che era con i propri mezzi l'Italia. "Sono andato in una stazione di polizia e gli ho detto cosa stava succedendo" ricorda. La denuncia contro i due italiani - Padre Luciano Cominotti, l'orfanotrofio, e il prete Ilario Verri, oggi capo della scuola - Centro Polivalente Dehon -. Stata ricevuta nell'aprile 2012 due percorsi, uno destinazione Ilario Verri è un sacerdote dehoniano in Mozambico, per molti anni. Vissuto vicino al confine con il Malawi, negli anni della guerra civile. Poi andò a Maputo dove partì per Gurué con l'obiettivo di ricostruire il complesso scolastico e il centro che esiste dal 1969 ed è stato diretto da SCJ religiosi presenti in Mozambico dal 1968. Nel 1975, con l'indipendenza, il complesso è stato nazionalizzato , e nel 1994 tornò alla provincia mozambicana di SCJ Congregazione, una congregazione religiosa della Chiesa Cattolica fondata da Padre Dehon nel 1878 e oggi presente in decine di paesi, tra cui il Portogallo. complesso fu ricostruito e migliorato e ha iniziato a chiamarsi Centro Polivalente Dehon (dal nome del fondatore). Comprende la Scuola Industriale (una scuola professionale, corrispondente alla scuola secondaria, fino a 9. Grade) e l'Istituto orientale dell'Agricoltura e del Bestiame (che corrisponde al livello di scuola superiore). John Oliveira è stata posta in questo, ma ha anche dato lezioni di computer per gli studenti più giovani della scuola professionale. Luciano Cominotti è diocesana e sono andati a Gurué per scelta dopo essere stato ordinato sacerdote a Milano o già Gurué (informazioni differire da quanto Luciano dice il sacerdote portoghese e il sacerdote a Roma Ornelas, capo della Congregazione (leggi l'intervista in queste pagine)). "è stato militare in Italia, è stato deciso dal sacerdozio, fatta la richiesta al vescovo di Milano Voleva andare in missione", PUBLIC ha detto il sacerdote portoghese Luciano, con la responsabilità della Congregazione SCJ in Portogallo e che faceva parte di un gruppo che ha avviato il programma di volontariato presso il Centro Polivalente in Gurue. "All'inizio, quando viene ordinato, uno è nella diocesi dove è nato. Per passare a un altro ci deve essere una ragione ", aggiunge. Luciano Cominotti ha scelto Gurue, che sono arrivati ​​nei primi anni 2000. Nel corso del 2004, "esisteva sua opera", dice sacerdote portoghese sulla orfanotrofio che veniva aumentata , come il sacerdote era Cominotti acquisto del terreno intorno grazie a sovvenzioni e donazioni "benefattori italiani." Due immagini dell'orfanotrofio, disponibili su Internet mostra in lontananza, questa dimora sontuosa, che sale, attraverso le cime degli alberi Gli alberi, come un castello strana accanto a una piccola città dove sono segni visibili di abbandono, case modeste e strade sterrate. Una di queste immagini è accompagnato da un testo enigmatico, non firmato, e che descrive questa casa come "un orfanotrofio maschile per i bambini", dal momento che dopo aver ricordato: "Mi dispiace per la distanza delle immagini, ma in fondo può vedere uno splendido edificio. È in Gurue, con vista sul lago e dispone di strutture in tutto il mondo civilizzato sarebbero considerati eccellenti. Niente Manca. È mantenuto da sponsor, che visitano i locali di volta in volta. " dedicato un padre "" Chi sa l'orfanotrofio è Padre Aderito Barbosa, che era lì, per essere "un amico di padre Luciano Cominotti", dice il pubblico prima confrontarsi con la denuncia contro il sacerdote e ricerche che girano in Mozambico e in Italia italiano. "E 'un sacerdote dedicato, con responsabilità nella diocesi, e il suo lavoro, in quanto questa casa per sostenere i bambini", ha continuato il sacerdote Adérito Barbosa, coordinatore nazionale della Famiglia Dehoniana in Portogallo e presidente dell'Associazione dei volontari laici dehoniani, creata nel 1999, legata alla Provincia portoghese dei Sacerdoti del Sacro Cuore (SCJ) e responsabile per l'invio di insegnanti volontari per il Centro Polivalente Dehon e altri . "funziona" SCJ in Mozambico e altrove è questo sacerdote che descrive l'orfanotrofio - o meglio, "un centro di sostegno per i bambini in difficoltà" - come "un castello". "Si è chiuso, non entra nessuno", continua. "Si è chiuso perché è privata. Ci sono i giovani all'interno. Egli [Luciano Cominotti] mette i bambini a lavorare. Una guardia, altri lavorano. Ci sono stati dentro diverse volte - l'ultima delle quali ci sono quattro o cinque anni ", dice - prima di confermare che il palazzo ha guardie armate e alcuni in città parlano di" terrore "che il luogo ispira. L'ultima volta che sei stato in Gurué stato l'anno scorso, ma il Padre Luciano Cominotti non c'era. Lui e il prete Ilario Italia a volte chiedere soldi per il "lavoro" che uno e un'altra unità. L'opera di Padre Cominotti "è quello di aiutare i bambini." L'orfanotrofio avrà "circa 50 bambini", aggiunge. Cominotti PUBBLICO tentò più volte di contattare la diocesi, ma non ottenne risposta, e il prete Ilario Verri per il Centro Polivalente Dehon, ma il regista è in Italia pochi mesi fa "per motivi personali". "Entrambi i sacerdoti sono inseparabili", afferma João Oliveira, che crede che Luciano Cominotti aveva in passato legato alla Congregazione della SCJ, e che vi è un tentativo di dissociare, per diluire le responsabilità. "Somewhere durante questo processo il sacerdote e Luciano non è più orfanotrofio SCJ. Questa è una questione che deve essere risolta. Sanno cosa sta succedendo e ci sono ovviamente all'interno dell'ordine che si oppone e ha causato questo comodo, apparente ed esteriore separazione "crede. Orphanage è più esposta al sospetto abuso di bambini di scuola, che non è esente da "rumors frequenti" come il governo ha detto altre portoghese che vivevano in Gurué, e riceve i visitatori nelle loro case volti a volontari in un ex seminario trasformato in una pensione, che viene descritto sul sito web della scuola (con le foto delle camere e scuola) come . "uno splendido palazzo non lontano dal centro" I sacerdoti dehoniani contattati a Lisbona ea Roma dal pubblico negare la connessione, insistendo sul fatto che Luciano era sempre Cominotti gioca e incarichi diocesani di responsabilità nella diocesi di Gurué - nella pagina web Diocesi appare come amministratore . Dicono di aver mai sentito parlare della denuncia portoghese João Oliveira o una denuncia relativa a qualsiasi altro prete Ilario. "Ho sentito la prima volta", dice il sacerdote Aderito Barbosa. "Ho i migliori riferimenti di lui e del suo lavoro", dice il sacerdote portoghese Luciano anche contattato. Che dire di quel vecchio seminario, oggi "una locanda" appartenente al Centro Polivalente, dice: "è stato migliorato, potenziato e migliorato per accogliere turisti e visitatori e persone delle imprese collegate e di governo." Per John Oliveira, il collegamento tra i due sacerdoti è rilevante per dimostrare che una scuola che è stata sostenuta dal Ministero degli Affari Esteri portoghese, attraverso ca posizionamento insegnante è servito come un "fronte" per qualcosa che coinvolge entrambe le istituzioni - e Orphanage Centro Polivalente Dehon. E che, nonostante le loro lamentele - e le indagini aperte in Italia e Mozambico -. Them sacerdoti, bersaglio di sospetti continuano come leader delle due istituzioni João Oliveira sostiene che "giustifica pienamente la necessità di un coinvolgimento delle Nazioni Unite in questo crimine globale "e accoglie con favore la decisione del Comitato delle Nazioni Unite sui Diritti dei Bambini - inizio febbraio - per chiedere che la Santa Sede" il ritiro delle funzioni "dei preti pedofili o sospettati di essere, e di trasmetterle alle autorità giudiziarie per indagato (una dichiarazione non vincolante). richieste delle Nazioni Unite nel documento inedito pubblicato un mese fa, e il Vaticano ha criticato per 'travisare i fatti ", gli esperti del Comitato delle Nazioni Unite hanno rilevato che 400 sacerdoti furono espulsi dalla Chiesa cattolica in 2011 e 2012 dalle accuse di pedofilia, durante il pontificato di Benedetto XVI. Ma un'analisi approfondita di un vasto dossier di denunce ricevute in questi ultimi anni contro i sacerdoti cattolici in diversi paesi, ha concluso che gli abusi erano "sistematico" e che la verità si saprà solo quando sono state ascoltate le vittime. João Oliveira rivedere pienamente queste conclusioni e dice che è urgente che le vittime siano protetti in modo da essere ascoltato. Solo quando questo accade, ci saranno prove rafforza. "Dopo l'assalto ho sofferto, le vittime non parlano mai con i sacerdoti intorno. Era un messaggio violento ed efficace che tacere molti testimoni ", ha scritto una delle tante lettere inviate da allora per sbloccare la situazione. 's veterinario, posto come insegnante in Mozambico, ritiene che questo paese sia "diventato un esempio internazionale di passività della Chiesa cattolica di fronte al reato di pedofilia. "Quando è stato aggredito, il loro status di servizio ufficiale per la cooperazione portoghese prevede che un allarme è stato attivato (per l'Ambasciata del Portogallo in Mozambico) da sacerdoti, perché essi sono i leader di la scuola dove è stato posto come stagista nel Inov Mundus, con una assicurazione sanitaria che lo avrebbero diritto ad un rimpatrio di emergenza. Sacerdoti non ha attivato l'avviso e l'ambasciata del Portogallo è stato informato solo pochi giorni dopo dall'Ambasciata di Danimarca, che ha appreso della situazione attraverso un lavoratore straniero di lavorare in Gurué Amici di John Oliveira -. varie nazionalità - si sono alternati ad essere sempre sola in una stanza in quello che Gurue, antico borgo Junqueiro, più assomiglia ad un ospedale. "rimpatrio d'emergenza è chiaro nel settore assicurativo offerto nel contratto. Una volta ho avuto di meglio, ho messo in guardia l'iPad, ha chiesto di portarmi a Maputo, andai all'Ambasciata del Portogallo, dopo Johannesburg, e infine di Lisbona ", dice João Oliveira. Pochi o risposte già in Portogallo, quasi non ricevere risposte alle lettere quella inviata il pubblico e ora avuto accesso, tra cui l'allora ministro degli Esteri Paulo Portas che ha scritto nel mese di aprile 2013 per riconoscere cooperazione portoghese di soggiorno "penalmente silenziosa e passiva in questa materia" e avvertendo che "la Farnesina essere in grado di sponsorizzare la pedofilia in Mozambico. " Due anni prima, aveva scritto "più volte" l'allora Console Generale del Portogallo in Mozambico, Graça Gonçalves Pereira, "chiedendo aiuto per questi bambini" e informazioni sulle istituzioni locali per una possibile " intervento. " Publico, Graça Gonçalves Pereira ha detto che riceve "centinaia di lamentele da canadesi" quando ha agito come Console Generale a Maputo fino al 2012 e non c'é questa partita in particolare. Eppure, quando ero in Gurue, più volte messo in guardia i leader del iPad (ora defunto e fusa con l'Istituto Camões). "Hanno detto compianto quello che era successo. Non passò molto tempo prima che mi resi conto che non avrebbero fatto nulla ", dice John Doe. "era un tema che la nostra gestione ha avuto conoscenza", ha detto Catarino Fernanda PUBBLICO, uno dei leader del Inov Mundus, e spesso il contatto avuto con il insegnante. Era con lei e il suo superiore che molto presto Joao Oliveira ha condiviso i suoi sospetti. A questo livello, nulla poteva essere fatto, dice Fernanda Catarino, ormai ufficiale in Camões. . "La questione è stata sottoposta ad una maggiore considerazione alla direzione" Era allora presidente del iPad Augusto Manuel Correia, che non ha risposto alle domande inviate dal pubblico. pubblicamente, anche Camões - Istituto per la Cooperazione e la lingua (che ha assorbito l'ormai defunta IPD nel 2012) non ha specificato quanti insegnanti portoghesi messi in Centro Multifunzionale Dehon, e tra ciò che date, ha dato altro supporto ei criteri scelti per selezionare il Centro Polifunzionale e la sua scuola per l'inclusione nell'elenco delle entità a qualificarsi per l'assistenza cooperazione portoghese. Già dopo aver lasciato Gurue, João Oliveira ha anche avvertito organizzazioni per i diritti umani. Human Rights Watch ha inviato ad Amnesty International, che si riferiva al UNICEF, che non ha risposto. lettera s 'nel mese di aprile 2013, la portoghese cooperativa vice procuratore distrettuale ha scritto al Dipartimento di investigazione e di azione penale (DIAP) di nuovo a insistono sul fatto che il caso non sarebbe stato dimenticato, si è conclusa così: "Devo scusarmi per la mia testardaggine, ma so che alcuni di questi ragazzi. Avere il nome e poco altro. Non hanno nessun genitore o chi vuole sapere su di loro. (...). È possibile salvare queste vite Avvocato:. Io non " www.publico.pt/mundo/noticia/entrev...assunto-1626571 NTERVIEW Intervista a João Oliveira: "Gli autori del MNE scelto di eliminarlo" ANA DIAS AGNELLO 2014/03/02 - 09:09 1 ARGOMENTI Italia Mozambico procuratori del ministero degli Esteri Chiesa cattolica Pedofilia diritti umani João Paulo de Oliveira Gomes, 38 anni, è un veterinario e lavora in cooperazione internazionale e sviluppo dal 2001 ha superato. da organizzazioni nazionali e internazionali di diversi paesi. Quando, nel 2010, è stato collocato come insegnante dal Centro Polivalente Dehon in Gurue, Mozambico, nell'ambito di un programma dell'allora Istituto portoghese per il sostegno allo sviluppo (IPAD), finanziato dal Ministero della Affari Esteri, ha riferito di abusi sessuali che coinvolgono i sacerdoti loro studenti responsabili per il centro e un orfanotrofio nelle vicinanze. 's che cosa lo ha portato a fare la denuncia? Sopra la gravità della situazione. Mentre mi integro a scuola e gli studenti si resero conto che non era collegato ai sacerdoti [il preside e il capo di un orfanotrofio in Gurue], ho cominciato ad avere sospetti, i fatti noti e comportamenti strani come guardie armate alla porta dell'orfanotrofio. Quando sono stato avvicinato da uno studente angosciato e disperato che voleva scappare, ma potrebbe non dove, di fronte a lui e ha ricevuto un conto spaventoso di quanto stava accadendo. Entrambi i sacerdoti - Ilario Verri e Luciano Cominotti - sono in corso indagato in Italia solo sulla base della loro denuncia? non si può dire. Ma è chiaro che la mia denuncia è stata presa sul serio ed è sufficientemente sostanziale e circostanziata di essere stato inviato a procedimenti giudiziari [in Italia] e si è guadagnato diversi mesi di indagine. Sono stato convocato dai pubblici ministeri italiani a testimoniare in merito a questi sacerdoti, avvenuta lo scorso settembre. Quali prove presentate? prove è stata presentata alle autorità competenti e sono oggetto di indagine. Non sarà un processo facile data la natura del reato, i limiti delle istituzioni in Mozambico e nel caso del procuratore italiano, la barriera linguistica. Questo caso sottolinea la responsabilità penale della Chiesa cattolica e l'importanza di essere giustizia laica per risolvere questi casi, semplicemente perché sappiamo tutti che la giustizia, la polizia, la libertà di stampa il lavoro solo una parte ristretta del mondo. Ed è esattamente dall'altra parte che è bambini più svantaggiati. E 'molto importante che la Chiesa cattolica assume le proprie responsabilità e prendere misure per proteggere efficacemente i bambini. segnalato la situazione ai suoi superiori su iPad. Cosa ti aspettavi? Crime segnalato al Ministero degli Affari Esteri (MAE) [di cui dipendeva l'iPad] è un crimine che viola le convenzioni internazionali sui diritti umani sottoscritti dallo Stato portoghese. Si prevede che lo Stato portoghese non ha trascurato la sicurezza delle vite umane, soprattutto quando si parla di bambini svantaggiati nei paesi fratelli. Se vi sono prove sufficienti che la giustizia di due paesi stranieri indagare, è incomprensibile negligenza dei fatti MNE responsabili prima di loro, hanno semplicemente scelto di eliminarlo. Entrambi i paesi - Italia e Mozambico - hanno giurisdizione. Portogallo non ha fatto, perché non sono né vittime né l'agente presunto reato portoghese. Comunque, con l'insegnamento essendo l'obiettivo principale di PALOPs cooperazione portoghesi, questa procedura solleva seri interrogativi su ciò che la procedura MNE quando situazioni analoghe vengono a la loro conoscenza. La scuola dove ho lavorato non era ancora stato visitato prima da nessuno dei miei superiori. C'era prima, durante, o dopo. Chi può garantire che le altre istituzioni, beneficiando cooperazione portoghese, non ci sono tali crimini? COMMENTO I commenti a questo articolo sono chiusi. Scopri perché. Apprendista stregone 2014/02/03 14:35 Come MNE un focolaio di intrighi e massoni, guidata da un States inefficace e vassallo e altri interessi, come si è visto nello scandalo delle dichiarazioni sulle indagini di "alta "personalità angolani in Portogallo, che è l'attuale ministro degli esteri del racket, erano in attesa per cosa? Complimenti a questa persona denunciato questi criminali. Può essere che il parlamentare italiano, in collaborazione con le autorità mozambicane deslindem questo caso e proteggere i bambini, che lo Stato portoghese non c'è nulla da aspettarsi, purtroppo ...

Edited by pincopallino2 - 15/2/2019, 11:48
 
Web  Top
view post Posted on 15/7/2014, 04:30
Avatar

Group:
Administrator
Posts:
21,949

Status:


ftp://mta.mcel.co.mz/Jornais/2014/Mar%E7o/...ediafax5506.pdf

Padres católicos acusadosde abuso sexual de menores - O processo está a ser investigado por procuradores da Itália,indicam informações publicadas pela imprensa portuguesa

(Maputo) Dois padres católicos dacomunidade dehoniana, no distrito deGurúè, na província da Zambézia, estão aser investigados sob suspeita de sexualde menores, que segundo relatos dealgumas vítimas, já duram há vários anos.Segundo uma reportagem recentepublicada no jornal português Público,trata-se dos padres italianos Ilario Verri eLuciano Cominotti, que dirigem a escola eo orfanato do Centro Polivalente LeãoDehon, que segundo aquele jornal, estão aser investigados por procuradores da Itá-lia e da Procuradoria distrital de Gurúè.As denúncias dos abusos sexuaisforam feitas por um cidadão português, de nome João de Oliveira, que duranteum tempo foi professor naquela escola.Durante o tempo em que alileccionou, Oliveira ouviu relatos dealguns alunos menores, alguns dos quaisórfãos, sobre os abusos de que eramvítimas, tendo decidido alertar algumasorganizações internacionais de defesados direitos humanos e das crianças,para além das autoridades diplomáti-cas portuguesas em Moçambique.O jornal português asseverourecentemente que o caso está sobinvestigação, contido, desconhece-se oestágio das mesmas, uma vez quenenhuma das entidades envolvidas se abre para falar do caso.O professor que despoletou o caso encon-tra-se actualmente em Portugal, para ondeteve de regressar depois de fortes agres-sões físicas, sofridas depois de ouvir ashistórias de algumas vítimas.(Redacção)

Edited by pincopallino2 - 15/2/2019, 11:49
 
Web  Top
view post Posted on 2/11/2016, 18:45
Avatar

Group:
Administrator
Posts:
21,949

Status:


https://retelabuso.org/2016/11/02/don-luci...o-in-mozambico/

Don Luciano Cominotti; archiviato per mancanza di prove il procedimento in Mozambico
Written by Redazione Web on 2 novembre 2016

l marzo del 2014 il quotidiano portoghese Pùblico dava notizia che due sacerdoti italiani che dirigevano un orfanotrofio in Mozambico erano stati indagati con l’accusa di abuso.

A dare il via alle indagini era stato João Paulo Gomes de Oliveira, un veterinario che nel 2010 insegnava nel Centro Polivalente Leão Dehon di Gurue, Mozambico.

In una lettera pervenuta oggi presso la nostra sede di Savona, l’avvocato di don Luciano Cominotti, chiedendo rettifica comunica che la Procura Provinciale di Zambezia in Mozambico ha archiviato “per mancanza di legittimità riscontrata dal pubblico ministero nel proseguire l’azione penale per il crimine di attentato al pudore” nei confronti del suo assistito. Nella missiva si smentisce anche la notizia che il suo assistito sia stato denunciato in Italia, come invece aveva dichiarato al quotidiano portoghese Pùblico João Paulo Gomes de Oliveira.

catturaNel ribadire l’assoluta estraneità dei fatti imputati al suo assistito fornisce copia del documento ottenuto dalla Procura Provinciale di Zambezia dove si legge; “Compio con l’informare che, in funzione della sua richiesta di chiarimento sul proscioglimento del procedimento penale instaurato per la denuncia di Joao Paulo Oliveira contro Luciano Cominotti, il pubblico ministero (Procura Provinciale da Zambezia) ha deciso per il non proseguimento del procedimento criminale per mancanza di prove sufficienti degli elementi di che fossero gli autori del crimine fallito di omicidio e furto praticato contro la vittima Joao Paulo Oliveira, in un modo o in un altro, per mancanza di legittimità del pubblico ministero a proseguire con l’azione penale per il crimine di attentato al pudore nel quale la vittima è Aires G. M.”.

L’Ufficio di Presidenza

Condividi:
 
Web  Top
4 replies since 8/5/2014, 22:15   1839 views
  Share